A população
santacruzense relembra nesta quarta-feira, 1° de abril, os 34 anos da grande
enchente que ocorreu em 1981. Enchente essa que deixou mais de 5 mil
desabrigados e um rastro de destruição na cidade.
A tragédia
só não foi maior porque a telefonista da época e hoje professora Maria de
Fátima ao perceber que as fortes chuvas na cidade de Campo Redondo, região do
Trairi, levariam a barragem Mãe D’água ao rompimento. Maria de Fátima alertou o
prefeito do município vizinho, Santa Cruz, do risco. Três horas depois a cidade
foi devastada pelas águas.
Tempo em
que a telefonista convenceu as autoridades de que a notícia não era uma
brincadeira motivada pelo 1º de abril, Dia da Mentira, data da tragédia. Apesar
da dificuldade para ser acreditada, a telefonista conseguiu que os moradores
fossem orientados a abandonar suas casas e procurar os lugares mais altos da
cidade. Quando a água passou por Santa Cruz, sua força destruiu 1.044 casas,
mas apenas um óbito foi registrado. Em seguida, Maria de Fátima contatou o
Governo do Estado para pedir socorro e atravessou a noite, sob a luz gerada
pela bateria de um carro, dando informações aos parentes desesperados em busca
de notícias.
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Santa Cruz Online
Fotos: Edgar Santos