segunda-feira, 6 de julho de 2015

Portaria que exige justificativa médica para cesariana começa a valer nesta segunda

A partir desta segunda-feira, as regras para a realização de cesáreas ficam mais restritas no Brasil. Os planos de saúde só terão que pagar pelos procedimentos se houver uma justificativa médica para a realização da cirurgia. A gestante que, mesmo sem uma necessidade médica, optar por ter seu filho via cesariana terá que pagar pelo parto. As normas fazem parte de uma portaria do Ministério da Saúde com o objetivo de reduzir o alto número de cesáreas no Brasil.
  
Com a medida em vigor, os médicos terão que preencher um partograma, relatório sobre o parto que será requisitado para a efetuação do pagamento pelo plano de saúde. Os hospitais privados serão obrigados a apresentar esse documento. Do contrário, poderão ficar sem receber pelo procedimento, ficando a cargo da operadora do plano cobrar a conduta dos médicos e decidir se acertará ou não o pagamento.
  
A intenção do Ministério da Saúde é reduzir a alta taxa de cesarianas do Brasil, onde cerca de 85% dos nascimentos registrados via plano de saúde são por cesariana, quando a indicação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que somente 15% dos partos sejam por esse método. Na rede pública, a taxa de partos via cesariana chega a 40%.

A resolução também estabelece que as gestantes tenham acesso à taxa de cesáreas realizadas por cada estabelecimento de saúde e cada médico, a fim de orientar a escolha da mãe. Caso as operadoras não prestem esse tipo de informação ficarão sujeitas à multa. 

As medidas passaram também por consulta pública e recebeu sugestões da sociedade.

O Globo

O silêncio de Bolsonaro não é inocente

                 A reclusão do presidente contrasta com seu ativismo digital, mina sua credibilidade como futuro líder da oposição e deve en...