Segundo
levantamento da revista IstoÉ, em julho, 157 mil trabalhadores foram demitidos
no Brasil, o pior resultado para o mês nos últimos 23 anos. Sob qualquer
ângulo, trata-se de um dado assustador. Significa que, a cada minuto, quatro
pessoas acabaram dispensadas. É como se toda a população de uma cidade como São
Caetano do Sul, na Grande São Paulo, perdesse o emprego.
De
acordo com o IBGE, quase meio milhão de vagas – ou uma Florianópolis inteira –
desapareceram nos sete primeiros meses do ano. 8,4 milhões de brasileiros – o
equivalente à população da Suíça – estão desocupados e procuram a cada dia, em
graus variados de desespero, novas oportunidades no mercado de trabalho. Se a
economia continuar desabando, nos próximos meses será ainda mais difícil
encontrar um lugar para dar expediente.
A
alta do desemprego é uma tragédia anunciada. Desde o início do segundo mandato
da presidente Dilma Rousseff, praticamente todos os indicadores econômicos
pioraram. A inflação disparou. O consumo caiu. Os impostos subiram. O PIB
encolheu. Sem ter para onde correr, as empresas recorreram à medida mais doída:
as demissões em massa. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad), a taxa de desemprego no Brasil é de 8,3%. No ritmo
descendente da atividade econômica, alguns especialistas projetam um índice de
dois dígitos até o final do ano. Para um país emergente como o Brasil,
desemprego na casa dos 10% é uma enormidade.
Via
Robson Pires