© VEJA Wesley Batista, presidente executivo do grupo JBS |
A Polícia Federal prendeu na
manhã desta quarta-feira o empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS. A
ordem foi expedida pela Justiça Federal de São Paulo. Joesley Batista – já
detido desde o último domingo por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo
Tribunal Federal (STF) – também é alvo da ação, com mais um mandado de prisão.
As prisões decorrem de investigação
aberta pela PF em São Paulo para apurar se os donos da JBS se aproveitaram da
própria delação premiada, negociada com a Procuradoria-Geral da República, para
ganhar dinheiro no mercado financeiro.
No pedido de prisão, os
investigadores sustentam haver fartas provas de que Joesley e Wesley, sabendo
do potencial explosivo do acordo de delação e de seus efeitos no mercado,
agiram pessoalmente negociando ações do grupo e contratos futuros de dólares.
Também são investigados na
operação deflagrada nesta manhã o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e
Silva, a advogada Fernanda Tórtima, contratada pela empresa, e o ex-procurador
da República Marcello Miller, que integrou o grupo de trabalho montado para
auxiliar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Lava-Jato.
Durante a apuração sobre
uso de informação privilegiada pelos donos da JBS, os policiais colheram
indícios de que os irmãos Batista cooptaram Marcello Miller quando ele ainda
integrava o Ministério Público Federal. Pela parceria, Miller e os irmãos
Joesley e Wesley Batista são investigados pelo crime de corrupção.
A operação foi batizada de
Tendão de Aquiles.
Por
Rodrigo Rangel – VEJA.com