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O prazo para a Polícia Federal
(PF) concluir o inquérito sobre o Decretos dos Portos, que tem como alvo, além
do presidente da República, Michel Temer, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e
os empresários Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, acaba no próximo dia
20. No entanto, os investigadores devem pedir mais tempo para concluir as
apurações.
O inquérito, que
tramita desde o ano passado no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria
do ministro Luís Roberto Barroso, investiga se houve favorecimento indevido a
empresas como a Rodrimar, além de influência na edição da MP dos Portos, em
2016, por meio de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor de Temer e, à época,
deputado federal pelo MDB do Paraná, preso no ano passado após receber uma mala
com R$ 500 mil da JBS.
De acordo com informações da
Folha de S. Paulo, o decreto assinado por Temer aumentou o prazo dos contratos
de concessão de áreas portuárias de 25 anos para 35 anos, podendo ser
prorrogado até 70 anos, beneficiando as atuais empresas concessionárias.
O inquérito foi
aberto com base na delação premiada do ex-diretor da J&F Ricardo Saud e de
um dos donos da empresa, Joesley Batista.
Conforme lembra o portal G1,
recentemente, peritos da PF sugeriram ao delegado responsável que peça a quebra
dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos investigados, inclusive de Temer.
Tanto a prorrogação do prazo
para a conclusão do inquérito quanto a autorização para a quebra de sigilo
aguardam decisão de Barroso.
Para justificar a necessidade
de mais tempo, os investigadores destacam que, apesar de a apuração ter
avançado, ainda é preciso esclarecer alguns pontos, há diligências em
andamento, e várias outras pendentes. Além disso, depois do carnaval, Saud e
Joesley vão prestar depoimento e podem revelar outros detalhes do caso.
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