Embora o aumento do
sobrepeso e da obesidade tenha se dado em todas as faixas etárias e em todas as
regiões do País na última década, os jovens foram os mais afetados. O número de
obesos de 18 a 24 anos mais que dobrou em 11 anos e alcança os 9%. Além disso,
um terço das pessoas nessa faixa etária está com sobrepeso.
A preocupação com
pessoas nessa faixa etária se dá não apenas pela velocidade com que o fenômeno
avança, mas pelas consequências. Quanto mais cedo jovens ficam acima do peso,
maior o risco de desenvolverem doenças.
O impacto para o sistema
de saúde também é expressivo. O cálculo é de que o País gaste cerca de R$ 16,9
bilhões por ano com tratamentos de problemas relacionados à obesidade, como
asma, hérnia de disco e distúrbios cardiovasculares.
Os números reunidos pelo
Ministério da Saúde mostram que os efeitos da obesidade já são sentidos. O
diabetes, por exemplo, cresce de forma expressiva. Entre 2006 e 2017, os
registros subiram 49% entre a população de 25 a 34 anos.
Quando se analisa a
população como um todo, fica claro não haver diferenças significativas entre
gênero. Em São Paulo, por exemplo, 8,6% das mulheres já receberam a confirmação
do problema e 8,3% dos homens. A estatística nacional é um pouco menor: 7,6%.
O estudo mostra que a
população masculina é a mais afetada tanto pelo sobrepeso quanto pela
obesidade. Em todas as capitais e no Distrito Federal, mais de 50% dos homens
está acima do peso. Em 7 capitais, a marca já ultrapassou os 60%.
A situação das mulheres,
contudo, está longe de ser menos alarmante. Em 12 Estados, mais da metade das
mulheres têm excesso de peso.
A auxiliar
administrativo Thaís Machado Martins, de 29 anos, já foi obesa e passou por um
processo de emagrecimento quando estava com 26 anos. Agora, após ter a primeira
filha, está novamente tentando melhorar a alimentação e cortar o refrigerante.
“Tinha muita gordura no fígado e o médico chegou a falar que eu estava a um
passo de ter cirrose hepática. Foi um susto, mas, mesmo assim, não comecei a
mudar os hábitos. Quando você está acima do peso, você não come o que é
correto.”
Ela conta que, alguns
meses depois, entrou para o programa Vigilantes do Peso e, em um ano e meio,
emagreceu 21 quilos. “Quando entrei, estava pesando 102 kg e tenho 1,70 metro.
Em março de 2017, já estava com 81 kg. Em junho, engravidei”, conta
Nos primeiros cinco
meses de gestação, teve muito enjoo. “Quando a água com gás não resolvia, eu
tomava refrigerante. Ganhei 22 kg na gravidez.”
Agora, que a filha está
com 3 meses, Thaís está tentando ter uma alimentação balanceada. “Estou com 85
kg. Diminuí bastante o refrigerante e estou tentando comer melhor.”
Agora RN