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Foi aprovado nesta quarta-feira, 19, o registro da
literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial do Brasil. A decisão
foi tomada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que se reuniu no
Forte de Copacabana, no Rio. Pela tarde, deve ser decidido, também, o tombamento
nacional do Acervo Arthur Bispo do Rosário.
A literatura de cordel começou nas regiões norte e
nordeste, mas foi disseminada por todo o País por migrantes. Segundo o
Ministério da Cultura (Minc), é uma expressão cultural que "revela o
imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas" sobre
"acontecimentos vividos ou imaginados".
"É um gênero literário, veículo de comunicação,
ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros: poetas,
declamadores, editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos,
xilogravadores) e folheteiros (como são conhecidos os vendedores de
livros)", diz texto do ministério.
Hoje, o cordel é mais forte nos Estados da Paraíba,
Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe,
Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nesta quinta-feira, 20, o conselho avaliará, ainda,
a inclusão da Procissão do Senhor dos Passos, de Florianópolis (SC), o Sistema
Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira (SP), os
terreiros de candomblé Ilê Obá Ogunté Sítio Pai Adão, em Recife (PE), e a Tumba
Junsara, em Salvador (BA).
Já o acervo do artista sergipano Arthur Bispo do
Rosário e é formado por 805 peças. Entre as obras, estão estandartes,
indumentárias, vitrines, fichários, móveis e objetos feitos com materiais como
vidro, madeira, plástico, tecidos, gesso e sucata, dentre outros.
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