© Walterson Rosa O médium João de Deus deixa o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) após prestar depoimento na cidade de Goiânia (GO) – 16/12/2018 |
A força-tarefa do Ministério Público
de Goiás criada para receber e investigar supostos casos de abuso sexual
cometidos pelo médium João de Deus recebeu até esta
segunda-feira, 17, mensagens de 506 mulheres com denúncias contra o líder
espiritual. A maioria das acusações foi feita por meio de um endereço de e-mail
disponível às vítimas há sete dias. João de Deus teria abusado sexualmente de
mulheres que o procuravam na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), para
se consultarem com ele.
Além dos estados de
Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco,
Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará, Santa Catarina,
Piauí, Maranhão e do Distrito Federal, os seis promotores que compõem a
força-tarefa registraram nos últimos dias possíveis vítimas do médium em Mato
Grosso, Ceará e Rio Grande do Norte. Há ainda estrangeiras de seis
países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, Estados Unidos e Suíça.
Uma das primeiras mulheres
a denunciar abusos sexuais de João de Deus, em entrevista ao programa Conversa
com Bial, foi a coreógrafa holandesa Zahira Leeneke Maus.
João de Deus foi preso
preventivamente na tarde deste domingo, 16, por ordem da Justiça de Abadiânia.
Ele se entregou à polícia após seus advogados passarem quase dois dias
negociando os termos da entrega com os investigadores. O médium está preso
no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia, a 20 quilômetros da
capital. Ele divide a cela com três advogados desde a noite de ontem, quando
chegou à cadeia após prestar depoimento e fazer exame de corpo de delito.
Nesta segunda-feira,
a defesa de João de Deus apresentou um pedido de habeas corpuscom o objetivo de
reverter a prisão preventiva do líder religioso.
VEJA.com