© Luciano Claudino Centrais também vão discutir sobre salário mínimo e políticas trabalhistas |
As centrais sindicais vão discutir
nesta terça-feira, 15, estratégia de mobilização contra areforma da Previdência do governo
de Jair Bolsonaro.
Entre as propostas estão de grevegeral.
Segundo o secretário-geral
da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a ideia é começar uma
mobilização com os trabalhadores para que seja possível articular uma grande
paralisação, caso necessária. Segundo ele, as centrais devem esperar o
presidente encaminhar a proposta de reforma para o Congresso Nacional e a
partir disso começar o movimento de paralisações.
Além da Força, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Geral dos Trabalhadores
do Brasil (CGTB). União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central e Central
dos Sindicatos Brasileiros (CSB) devem participar da reunião nesta terça-feira
na sede do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), em São Paulo.
Em 2017, durante a
tramitação da reforma da Previdência do ex-presidente Michel Temer na Câmara,
as centrais fizeram ao menos dois grandes atos. Um em abril, com a paralisação
de transportes, bancos e outras categorias em diversas capitais do país e em
maio com a presença de 100 mil trabalhadores, segundo os organizadores, em
Brasília.
“No governo do Temer nós
conseguimos frear a reforma de ir a votação com essas paralisações. Agora,
precisamos de uma articulação forte para podermos discutir quando a reforma
chegar”, afirmou. O texto de Temer foi aprovado em comissão especial, mas não
chegou a ser votado em plenário.
A proposta de reforma da
Previdência ainda não foi anunciada pelo governo Bolsonaro mas deve fixar uma
idade mínima e implantar um sistema de capitalização para novos
trabalhadores. Há a possibilidade do governo utilizar parte da proposta
de Temer, que fixa a idade em 65 anos para os homens e 62 anos para as
mulheres.
VEJA.com