É claro que a teoria não nasceu da cabeça privilegiada de Nietzsche, mas foi resgatada por ele do passado, já que caiu em desuso na Antiguidade.
Ora, pois, tão diferentes em suas essenciais e histórias de vida, Bolsonaro e Lula parecem reeditar a mesma caminhada, apenas diferindo em seus respectivos espectros ideológicos.
Bolsonaro é de extrema-direita e Lula, de esquerda, não sendo de
extrema, já que desde cedo buscou a adesão de todos os partidos do chamado
Centrão, coisa que o atual presidente só começou a fazer agora quando começaram
as investigações sobre sua família.
Lula, que também convivia com problemas dos filhos e protagonizou
épicos escândalos de corrupção, desde o começo, partiu para desacreditar o
governo de seu antecessor, FHC.
E o que ele fez então uma vez no poder? Surfou sobre os louros do
Plano Real, ressuscitou e ampliou o Bolsa Escola, batizando-o de Bolsa Família,
adotou a contragosto a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem nunca ter parado
dizer, um dia sequer, que herdara uma “herança maldita” de FHC.
Com o mesmo discurso de sempre, chegou a vez de Bolsonaro fazer
exatamente a mesma coisa. Achar novos nomes para o “Bolsa Família”, para o
“Minha Casa, Minha Vida” e, quem sabe, retomar o “Mais Médicos”, só tirando
Cuba.
Entre os dois, a única e velha disposição se aparelhar o estado em
todas suas instâncias continua sem os nomes trocados.
É ou não a Lei do Eterno Retorno?
Agora RN