Waldemar Ramos |
O Rio Grande do Norte registra uma morte em decorrência de
acidente de trabalho a cada 15 dias. Foram notificadas 169 mortes acidentárias
no período de 2012 a 2017, segundo levantamento feito pelo Ministério Público
do Trabalho (MPT).
Além
dos danos pessoais, os acidentes de trabalho ocasionam grandes perdas na
economia, alerta Benvenuto Gonçalves, presidente da Associação Nacional de
Engenharia de Segurança do Trabalho (Anest).
Ele
destaca que a Segurança do Trabalho deve adentrar em todas as áreas
profissionais. No RN, o setor com mais notificações de acidentes é o de
atividades de atendimento hospitalar (11,49%), seguido por confecção de peças e
vestuário (9,62%), atividades de correio (4,75%), comércio varejista (4,61%) e
construção de edifícios (3,67%).
“A
engenharia de segurança do trabalho atua não somente na prevenção e
planejamento contra os acidentes em tarefas remuneratórias, mas influi na
economia em si. Ainda há essa falta de entendimento por parte dos empresários.
Pois, se há um investimento para um ambiente de trabalho seguro,
consequentemente haverá menos perdas para a empresa e para a economia do
Estado”, afirma o engenheiro Benevenuto Gonçalves.
Nos
últimos cinco anos foram registrados 17.839 auxílios-doença por acidente do
trabalho no RN. O impacto previdenciário dos afastamentos da localidade foi de
R$ 184 milhões.
No Brasil, o Ministério Público do Trabalho registrou mais de 4 milhões de
comunicações de acidente de trabalho e 14.412 mortes acidentárias notificadas.
Agora RN