José Aldenir / Agora RN - Segundo Bristot, esse ciclo mais úmido iniciado em 2018 poderá se estender até 2022 |
O
meteorologista Gilmar Bristot, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte (Emparn), disse que as previsões climáticas para o Estado em
2020 são animadoras.
Com base em informações da
agência de meteorologia dos Estados Unidos e na análise dos sistemas
meteorológicos, Gilmar revelou que as condições atmosféricas no momento indicam
que o semiárido nordestino poderá registrar ano que vem mais um ano de boas chuvas.
Ele anunciou pela primeira
vez a previsão para próximo ano em palestra no 2º Encontro Estadual de Comitês
de Bacia Hidrográfica, que aconteceu até a última quinta-feira, 12, no
auditório do curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN).
Ao abordar o tema “Previsão
Climática para 2020 – Primeiras Observações Visando a Segurança Hídrica”, o
meteorologista da Emparn fez um histórico dos períodos mais secos e mais
chuvosos no Rio Grande do Norte e no Nordeste, destacando a ligação direta com
os anos de maior ou menor atividade solar com o aquecimento ou resfriamento dos
oceanos Pacífico Equatorial e Atlântico Norte e Sul.
Segundo o meteorologista, o
sol, quando em atividade máxima, emite mais energia para o universo, e essa energia
é armazenada e transformada em calor pelos oceanos. Isso pode influenciar na
formação do fenômeno El Niño no Oceano Pacífico, o que colabora com estiagens
no Nordeste.
“O comportamento da
atividade solar é cíclico, apresentando máximos e mínimos de atividade. Como
consequência disso, ocorrem períodos secos como o que ocorreu entre os anos de
2012 a 2017 e anos chuvosos como foi o caso de 2008 e 2009”, explicou.
Na análise dos
meteorologistas, segundo Bristot, esse ciclo mais úmido iniciado em 2018 poderá
se estender até 2022, como mostram estudos preliminares da Nasa com referência
ao comportamento da atividade solar que está no seu mínimo e deverá continuar
nos próximos três anos.
Agora
RN