José Aldenir/Agora RN - Presidente da Junta Comercial, Carlos Augusto Maia: “sinal de recuperação econômica” |
Um
levantamento da Junta Comercial do Rio Grande do Norte (Jucern) revela que a
abertura de novas empresas no período entre 2018 e 2019 teve um crescimento só
comparável aos registrados entre 2009 e 2010 e entre 2011 e 2013, durante os
governos Lula e Dilma Rousseff.
De 6.690 empresas abertas
em 2018, o número passou para 7.751 no ano passado. O aumento foi de 15,8%,
segundo a Jucern. Segundo o presidente do órgão, Carlos Augusto Maia, a
expectativa é que, nos dois primeiros meses deste ano, o crescimento na
abertura de novas empresas ultrapasse em 20% a alta no mesmo período do ano
passado. “Se isso não for um sinal, mesmo que tênue, de recuperação econômica,
não sei o que é”, diz ele.
Nos bons tempos do final do
governo Lula e começo da administração de Dilma, os números de abertura de
novas empresas eram eloquentes, de acordo com o mesmo levantamento da Junta
Comercial: em 2009, mais de 8,4 mil empresas foram abertas no Estado, com um
aumento no ano seguinte, 2010, para 9,5 mil novas empresas.
Desde então, porém, com exceção
de algumas recuperações pontuais aqui e ali, as quedas foram contínuas,
especialmente depois do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, entre
2015 e 2016, período em que o número de novas empresas no RN caiu de 7.297 para
6.668 por ano.
“Esse crescimento em
especial agora pode ser debitado na conta do presidente Bolsonaro, uma vez que,
junto ao trabalho de uma década da RedeSim, foi neste governo que se aboliram
por completo os custos para se fechar uma empresa no Brasil”, resume Carlos Augusto
Maia.
A Rede Nacional para a
Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, mais
conhecida como Redesim, é um sistema integrado que permite a abertura,
fechamento, alteração e legalização de empresas em todas as Juntas Comerciais
do Brasil, simplificando procedimentos e reduzindo a burocracia ao mínimo
necessário. “Hoje, por conta dessa evolução, é possível abrir uma nova empresa
em 25 segundos no RN”, lembra Carlos Augusto.
Dentro de um princípio de
presunção da boa-fé dos empreendedores, seguindo o que pede o formulário, diz
Carlos Augusto, “ficou infinitamente mais fácil abrir uma empresa, sem aquela
peregrinação por certidões que havia antigamente, gerando papelada e perda de
tempo”.
Os dados da Jucern
assinalam que o saldo positivo entre abertura e fechamento de empresas se
manteve positiva nos dois semestres de 2018 e 2019, com uma significativa
ampliação no segundo semestre, quando a diferença cresceu mais de 10 vezes.
Passou de 96 para 1.285.
Ainda segundo o
levantamento, o setor de serviços continua liderando os tipos de negócio mais
abertos e menos fechados no RN. Em 2019, foram abertos no estado 3.785
estabelecimentos de serviço, contra 2.823 de comércio e 1.040 industriais.
Já o setor que mais fechou
as portas foi o do comércio, com 2.438 baixas.
Em dezembro do ano passado,
o RN tinha 104.296 empresas ativas: 8.189 empresas de pequeno porte, 70.275
micro empresas e 25.836 empresas normais. Além disso, há ainda o registro de
140.907 micro empreendedores individuais (MEIs).
Agora
RN