José Aldenir/Agora RN |
Os decretos e as medidas de restrição à circulação de pessoas isolamento
social, em decorrência da Covid-19, já apresentam um impacto negativo no
equilíbrio financeiro e ameaçam a sobrevivência dos pequenos negócios
instalados no Rio Grande do Norte.
De acordo
com pesquisa realizada pelo Sebrae e divulgada nesta quinta-feira (2), 88% dos
empreendimentos de pequeno porte do Estado já verificam uma queda no
faturamento em função da crise gerada pela pandemia.
E o mais
grave, 29% dos donos de empresas dizem que não terão condições de manter o
funcionamento e precisarão fechar o negócio permanentemente em um mês caso as
restrições adotadas até agora permanecer por mais tempo. Os pequenos negócios
representam mais de 95% de todos os empreendimentos do RN, somando pelo menos
181 mil negócios.
O
levantamento foi feito entre os dias 19 e 23 de março e ouviu 9.105
proprietários de micro e pequenas empresas de todo o país, incluindo os do Rio
Grande do Norte. A pesquisa mostrou que mesmo adotando técnicas de vendas
online e de serviço de entrega ainda assim as vendas dos empreendedores
potiguares caíram 64,2% na última semana em comparação a uma semana normal.
Somente
8% dos empreendedores não foram afetados [ou continuaram com mesmo faturamento
ou tiveram aumento] até o momento pelo cenário adverso proporcionado pelo
coronavírus. Para a maioria a realidade tem sido bem mais cruel. 62% dos
empreendedores disseram que o faturamento caiu para mais da metade até o
momento.
De acordo
com a pesquisa as despesas com funcionários representam o item o que mais pesa
no orçamento do negócio para 47% dos empreendedores potiguares, seguido de
empréstimos e dívidas, que complicam a vida de 43% dos empresários do RN. Por
conta do avanço da doença no país, os custos com pessoal aumentaram para 21%
dos empreendedores do Estado.
Para a
maior parte (61%), no entanto, as despesas com funcionários permaneceram
inalteradas. Porém, com a expressiva queda nas vendas, 58,1% dos empreendedores
do RN já preveem que precisarão solicitar empréstimos para manter o negócio em
funcionamento sem gerar demissões.
O
levantamento também calculou a média de pessoas que dependem de cada empresa e
no Rio Grande do Norte o número chega a ser de 8,6 pessoas, sejam como
empregados fixos, temporários, formais, informais e até familiares do
empreendedor.
Agora RN