O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era chamado carinhosamente de “Brahma” pelo ex-presidente da OAS, Léo
Pinheiro, seu amigo próximo. O nome, que remete à marca de cerveja, aparece
pelo menos três vezes na troca de mensagens entre Pinheiro e o ex-diretor da
empreiteira Augusto César Uzêda, interceptada pela Polícia Federal no âmbito da
Operação Lava Jato.
No relatório de inteligência produzido pela PF, os
investigadores concluíram que a menção se referia a Lula a partir do cruzamento
de dados. Por exemplo, em uma mensagem, Pinheiro relata a Uzeda: “Nossa
amigo Brahma pode fazer uma palestra no dia 26/11. Tema: Brasil/Chile”.
A PF, então, consultou a agenda do presidente pelo Instituto Lula, e verificou
que, nos dias 26 e 27 de novembro de 2013, Lula participou de um seminário em
Santiago, no Chile. Em outro recado, desta vez enviado por Uzeda, Lula é
comparado à presidente Dilma Rousseff: “A agenda nem de longe produz os efeitos
das anteriores do governo Brahma, no entanto, acho que ajuda a lubrificar as
relações. (A senhora [Dilma] não leva jeito, discurso fraco, confuso e
desarticulado, falta carisma)”.
Revista
Veja