segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Planalto aposta no Senado para barrar crise política

Tratado pelo Palácio do Planalto como peça-chave para impedir o agravamento da crise política, que pode culminar até no impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), tem sinalizado a interlocutores diretos que pode voltar a colaborar com o governo da petista a partir desta semana, na volta do recesso parlamentar. Renan, contudo, cobrará "faturas" nas áreas política e econômica, em troca da ajuda.
Há duas semanas, logo após o anúncio do rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governo decidiu reforçar uma operação envolvendo ministros como Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) e lideranças políticas petistas para cortejar o presidente do Senado. "Renan será o fiel da balança", definiu um dos envolvidos na investida do governo.
Para aliados do presidente do Senado ouvidos pelo Estado, contudo, Renan está inclinado a assumir o papel de fiador da governabilidade de Dilma.
Mas vai impor condições. Segundo interlocutores, uma das principais faturas do peemedebista seria que Dilma promovesse mudanças no seu núcleo duro de governo, a começar pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O nome que conta com a simpatia de Renan é o do ministro da Defesa, Jaques Wagner, considerado por ele um político habilidoso. Desde a época em que eram colegas de Senado, Renan e Mercadante nunca tiveram uma boa relação e o peemedebista não está disposto a voltar a conversar com o Planalto se tiver o atual ministro como interlocutor.
Com informações da Tribuna do Norte

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