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A confiança do consumidor voltou a
subir em setembro e atingiu o maior valor desde janeiro de 2015. O
índice medido pela da Fundação Getulio Vargas (FGV) teve alta de 1,3 ponto
percentual e atingiu 80,6 pontos. Esta é a quinta alta seguida do indicador,
que registrou seu menor valor em abril deste ano. Os indicadores de
confiança são monitorados por agentes do mercado e pelo governo como forma
de antecipar o início do processo de recuperação da economia, que atravessa uma
forte recessão.
Para a
coordenadora da pesquisa da FGV, Viviane Seda Bittencourt, a alta na
confiança está sustentada mais na esperança de uma situação futura melhor do
que na satisfação com o momento atual, o que afeta seu comportamento.
“Mesmo após seis meses de melhora gradual das expectativas, a demora para
que ocorra uma efetiva recuperação do mercado de trabalho ou da situação
financeira das famílias vem levando à sustentação de uma postura cautelosa
por parte do consumidor”, avalia.
Em relação às
expectativas do mercado, a mudança mais visível nesta semana foi a queda
nas projeções para a inflação neste ano. De acordo com o Boletim Focus
desta segunda-feira, divulgado pelo Banco Central, os economistas
consultados pela instituição apostam numa alta menor dos quatro indicadores que
medem o aumento dos preços.
A previsão
para o IPCA, índice oficial do país, para o final deste ano passou de
7,34% para 7,25%. A meta para 2016 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois
pontos. A mudança na expectativa ocorre após a divulgação do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) do mês de setembro, que é considerado
uma prévia do IPCA, na última quinta-feira. O indicador registrou 0,23%, o
que representou uma desaceleração ante o 0,45% medido em agosto.
Por
Felipe Machado – Veja.com