© Folhapress O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento da CUT na quadra da escola de samba Império Serrano, no Rio |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse
neste sábado em ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio de Janeiro
que o Brasil “voltou a ser o que sempre foi, e que havia mudado com a gente” e
afirmou que os manifestantes que foram às ruas contra o PT estão desorientados
diante da situação. “Muitos coxinhas agora não estão batendo mais panelas, e
sim batendo a cabeça, porque não sabem mais o que fazer.”
“Esse país voltou a ser o que sempre foi, e que
mudou com a gente. Todo o objetivo dessa perseguição ao PT, essas reformas da
Previdência e trabalhista, tudo é para tentar destruir o que conquistamos há
mais de 60 anos. Não têm competência para fazer o Brasil crescer, o que nós
provamos que sabemos fazer (…). A falta de dinheiro na Previdência é resultado
da incompetência dessa gente que está hoje destruindo o país”, afirmou.
Ele também voltou a dizer que vai superar as
acusações contra ele na Justiça – é réu em seis ações e já foi condenado pelo
juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato por corrupção passiva
e lavagem de dinheiro no episódio envolvendo o tríplex do Guarujá. “Já provei a minha
inocência, quero que provem que tenho R$ 1 que não é meu. Querem criminalizar a
esquerda e o PT. Vou brigar para ser candidato em 2018”, afirmou.
Lula fez um discurso de cerca de meia hora em que
criticou as reformas do governo Michel Temer
(PMDB), repetiu a intenção de regular a imprensa se for eleito e
anunciou sua caravana pelo Nordeste, que começa na quinta-feira, dia 17, e vai
percorrer 28 cidades de nove estados, terminando em São Luís (MA) no dia 7 de
setembro.
Lava Jato
Na sexta-feira, em evento na Faculdade de Direito
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para marcar o lançamento do
livro Comentários a uma sentença anunciada: o processo Lula, com
artigos de juristas organizados por professores de direito, o ex-presidente
disse que integrantes da força-tarefa da Lava Jato compõem um “partido
político” e que a esquerda precisa “juntar os cacos” para vencer em 2018.
(Com Estadão Conteúdo)
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