© REUTERS/Leonardo Benassatto Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva |
Oficialmente
o PT diz que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é
“irreversível” e “irrevogável”. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann,
afirmou que, mesmo que o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4)
ratifique a condenação, Lula pode recorrer às instâncias superiores.
Na realidade, no entanto, a percepção de que a
Justiça dificilmente permitirá que Lula concorra pela sexta vez à Presidência é
cada vez maior.
Algumas semanas atrás um colaborador próximo do
ex-presidente chegou a sugerir que, diante da indefinição do cenário, Lula
dedique o restante de 2017 a elaborar um bom programa de governo e deixe para o
ano que vem a definição sobre o candidato.
O “conselheiro” ponderou outros fatores além do cerco fechado pela Lava Jato,
como as incertezas sobre a reforma política e a Judicialização da campanha.
Mas, segundo pessoas próximas, a reação de Lula foi “extremamente negativa”.
Na semana passada, em conversa com deputados
estaduais do PT, o advogado Pedro Serrano, referência jurídica da esquerda,
disse que, embora considere Lula inocente, acredita que o Judiciário sofre
forte influência política e, portanto, a probabilidade maior é de que a
condenação seja mantida. Mas também lembrou a possibilidade de recursos.
Estadão