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Em sua
estreia em Assembleias-Gerais das Nações Unidas, o presidente norte-americano,
Donald Trump, fez um discurso hoje (19) essencialmente baseado em segurança e
prometeu vencer o terrorismo e as ameaças nucleares da Coreia do Norte.
"Terrorismo e extremismo ganharam
força e se espalharam por todos os países", disse Trump. "Precisamos
garantir que as crianças sejam criadas livres do medo". Referindo-se ao
programa nuclear norte-coreano e aos testes de mísseis conduzidos pelo ditador Kim
Jong-un, Trump afirmou que "nenhuma nação do mundo tem o interesse de ver
esse bando com armas nucleares e mísseis".
"Não teremos escolha
senão destruir totalmente a Coreia do Norte", ameaçou o magnata
republicano, caso o país não desista de suas ambições, as quais Trump chamou de
"missão suicida".
"Mas esperamos que
isso não seja necessário, por isso existe a ONU. É isso que as Nações Unidas
fazem. Eu gostaria de agradecer pelas votações no Conselho de Segurança e
convidar a China e a Rússia a se juntarem e imporem todas as sanções comerciais
e financeiras à Coreia do Norte", pediu. "Chegou a hora de nos
juntarmos para interromper o regime de Kim".
A Coreia do Norte enviou
hoje uma comissão de cinco pessoas, além do ministro de Relações Exteriores,
para Nova York para acompanhar os debates da ONU. Ao abordar a luta contra o
terrorismo, Trump também pediu apoio dos países-membros das Nações Unidas.
Ele informou que as missões
norte-americanas no Oriente Médio, como na Síria, no Iraque e no Afeganistão,
serão baseadas a partir de agora em uma série de fatores, analisando cada uma
das opções. Assim como já vinha dizendo desde sua campanha à Casa Branca, Trump
voltou a definir o acordo nuclear com o Irã como uma das piores coisas para os
EUA.
O republicano também
criticou mais uma vez o regime sírio, de Bashar al-Assad, e defendeu uma
solução para a crise imigratória baseada em apoio financeiro para que as
pessoas continuem em seus países.
Contrário a acolher de
maneira ampla os refugiados e imigrantes, Trump alegou que é mais eficaz dar
suporte para que as pessoas reconstruam suas vidas na terra natal. Em seu longo
discurso, de quase 40 minutos, o presidente norte-americano citou também Cuba,
ressaltando que as sanções financeiras e econômicas continuarão até que o
regime de Raúl Castro faça reformas políticas. Em outro momento, Trump
reafirmou a necessidade de resolver a crise política na Venezuela e elogiou os
resultados econômicos registrados nos EUA desde sua posse, no início do ano.
ANSA