domingo, 17 de dezembro de 2017

Falsos padres participam de missa transmitida pela TV brasileira

Reprodução/Facebook
Dois falsos padres conseguiram participar de uma missa na Comunidade Canção Nova, na cidade de Cachoeira Paulista (SP), na última quarta-feira. Durante parte da celebração, transmitida ao vivo pela TV no canal Canção Nova, José Lucas Carlos Pinheiro, de 19 anos, e Jonathan Alifer Albuquerque da Silva, de 21, estiveram ao lado do padre Roger Luís da Silva. Eles foram retirados do altar antes que a missa chegasse ao fim.
Utilizando o nome de Dom Jorge Heracleo em sua falsa carreira sacerdotal, José Lucas é o fundador da também fictícia Arquidiocese de Gravatá (PE), cidade onde ele nasceu. A página da arquidiocese no Facebook tem fotos de uma mambembe “celebração de posse Episcopal” do rapaz, na qual ele aparece acompanhado de Jonathan Silva e um terceiro falso padre. Também na rede social, Silva se declara “Diácono na Igreja Católica Apostólica Brasileira”.
A atuação dos falsos padres já havia chamado a atenção da Diocese de Caruaru (PE), cujo território compreende a cidade de Gravatá. Em outubro, eles foram denunciados pela Diocese por “confundir o povo com roupas litúrgicas da Igreja Católica, afirmando que celebram Missa e outros sacramentos”. O padre Emerson Mozart da Silva, chanceler da Cúria de Caruaru, e Dom Bernardino Marchió, bispo da cidade, alertam os fiéis da região “a não participarem de celebrações por eles promovidas, pois as mesmas não têm nenhum valor religioso ou sacramental”.
O texto assinado por Mozart e Marchió classifica a atividade como “usurpação” e ainda afirma que os falsos padres “afrontam” um dos artigos do acordo entre Brasil e a Santa Sé, que “garante a proteção dos lugares de culto da Igreja e de suas liturgias, símbolos, imagens, e objetos culturais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”.
Já a Diocese de Lorena (SP), à qual está circunscrita a Comunidade Canção Nova, ressalta que José Lucas Carlos Pinheiro, o Dom Jorge Heracleo, e Jonathan Alifer da Silva “não receberam nenhum ministério da Igreja Católica, o que torna inválida qualquer pretensa ação litúrgica exercida por eles”.
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