© Daniel Teixeira/ Estadão Greve de caminhoneiros |
A paralisação dos caminhoneiros entra
neste domingo, 27, no sétimo dia. A categoria obstruiu rodovias no País,
causando o desabastecimento de produtos e de combustível nas cidades. Polícias
estaduais, PF e tropas do Exército negociam a saída dos manifestantes das
estradas e fazem escoltas para liberar a saída de caminhões-tanque de
refinarias.
Os ministros Raul Jungmann
(Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional)
anunciaram, na noite de sábado, 26, que a situação "está se encaminhando
para a normalidade".
Foi confirmada a participação
de patrões, empresários do transporte e distribuição, na greve. Já foram
abertos 37 inquéritos, em 25 Estados, para investigar a prática de locaute.
"E eles irão pagar por isso", garantiu Jungmann.
Em São Paulo, o governador
Márcio França anunciou um acordo para que os motoristas deixem de pagar pedágio
por eixos suspensos em rodovias estaduais. A condição é que eles deixem as
estradas e voltem ao trabalho. Os manifestantes começaram a deixar a Rodovia
Régis Bittencourt e o Rodoanel Sul, embora muitos afirmem que não irão voltar
ao trabalho e alguns permaneçam nos acostamentos.
- Último balanço da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) divulgado na noite de sábado, 26, mostrava que ainda
havia 586 bloqueios em rodovias brasileiras e 577 pontos tinham sido
desbloqueados. A greve dos caminhoneiros chega ao
sétimo dia neste domingo, 27.
No início da manhã de sábado, eram 387 pontos bloqueados e
132 liberados. Mas no decorrer do dia, a PRF apresentou novos índices. No
início da tarde, a PRF informou que o número de pontos de manifestações
identificados em rodovias federais tinha aumentado de 938, registrados na
sexta, 24, para 1.140.
Desse
total de 1.140 identificados, 544 pontos foram liberados ainda no sábado.
Entretanto, o número de pontos que continuavam bloqueados, ainda que
parcialmente, de sexta para sábado aumentou, de 519 para
596 - ou 52% do total de trechos com alguma manifestação. Segundo a PRF, esse
número tem alta toda vez que há uma dispersão, pois grupos tendem a se espalhar
e acabam interferindo em outros pontos.
Estadão