segunda-feira, 18 de junho de 2018

Metade das mortes violentas no país ocorreram em apenas 123 municípios

José Aldenir / Agora Imagens

Um mapeamento do Atlas da Violência 2018 – Políticas Pública e Retratos dos Municípios Brasileiros”, divulgado na última sexta-feira, 15, mostra que 50% das mortes violentas no país ocorreram em apenas 123 municípios, 2,2% do total.
Segundo a publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), entre esses municípios onde se concentram metade das mortes violentas no Brasil, 33 estão localizados no Rio de Janeiro ou na Bahia.
Mas, quando se analisam somente as capitais, o Atlas revela que as três com maiores taxas de morte violenta eram Belém (PA), Aracaju (SE) e Natal (RN). Entre as três com menores taxas estão São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).
Dos 123 municípios onde se concentram metade das mortes violentas no Brasil, 33 estão localizados no Rio de Janeiro ou na Bahia.
Entre os municípios menos violentos do Brasil, segundo o Atlas, estão Brusque (SC), Atibaia (SP) e Jaraguá do Sul (SC). Os três mais violentos são Queimados (RJ), Eunápolis (BA) e Simões Filho (BA).
Enquanto os três mais pacíficos apresentam taxas de morte violenta de 4,8 a 5,4 a cada 100 mil habitantes, os três mais violentos têm taxas de 107,7 a 134,9.
A pesquisa considera mortes violentas a soma de agressões, intervenções legais e mortes violentas com causa indeterminada, tomando como referência o município de residência da vítima.
Os dados analisados são de 2016, último ano disponível no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.
O estudo conclui, ainda, que há uma correlação entre as condições educacionais, de oportunidades de trabalho, vulnerabilidade econômica e a prevalência de mortes violentas.
Para isso, analisou indicadores de educação infanto-juvenil, pobreza, gravidez na adolescência, habitação, mercado de trabalho e vulnerabilidade juvenil.
Os municípios com menor acesso à educação, com maior população em situação de pobreza e maiores taxas de desocupação apresentam maiores taxas de mortalidade violenta.
Agora RN

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