José Aldenir / Agora Imagens |
Um mapeamento do Atlas
da Violência 2018 – Políticas Pública e Retratos dos Municípios Brasileiros”,
divulgado na última sexta-feira, 15, mostra que 50% das mortes violentas no
país ocorreram em apenas 123 municípios, 2,2% do total.
Segundo a publicação do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP), entre esses municípios onde se concentram metade das
mortes violentas no Brasil, 33 estão localizados no Rio de Janeiro ou na Bahia.
Mas, quando se analisam
somente as capitais, o Atlas revela que as três com maiores
taxas de morte violenta eram Belém (PA), Aracaju (SE) e Natal (RN). Entre as
três com menores taxas estão São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).
Dos 123 municípios onde
se concentram metade das mortes violentas no Brasil, 33 estão localizados no
Rio de Janeiro ou na Bahia.
Entre os municípios
menos violentos do Brasil, segundo o Atlas, estão Brusque (SC),
Atibaia (SP) e Jaraguá do Sul (SC). Os três mais violentos são Queimados (RJ),
Eunápolis (BA) e Simões Filho (BA).
Enquanto os três mais
pacíficos apresentam taxas de morte violenta de 4,8 a 5,4 a cada 100 mil
habitantes, os três mais violentos têm taxas de 107,7 a 134,9.
A pesquisa considera
mortes violentas a soma de agressões, intervenções legais e mortes violentas
com causa indeterminada, tomando como referência o município de residência da
vítima.
Os dados analisados são
de 2016, último ano disponível no Sistema de Informações sobre Mortalidade do
Ministério da Saúde.
O estudo conclui, ainda,
que há uma correlação entre as condições educacionais, de oportunidades de
trabalho, vulnerabilidade econômica e a prevalência de mortes violentas.
Para isso, analisou
indicadores de educação infanto-juvenil, pobreza, gravidez na adolescência,
habitação, mercado de trabalho e vulnerabilidade juvenil.
Os municípios com menor
acesso à educação, com maior população em situação de pobreza e maiores taxas
de desocupação apresentam maiores taxas de mortalidade violenta.
Agora RN