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O pré-candidato do PDT à Presidência,
Ciro Gomes, disse nesta terça-feira que, se eleito, irá buscar uma renegociação
da reforma trabalhista, salientando que acha importante uma mudança na
legislação, mas que não concorda com o que foi aprovado durante o governo de
Michel Temer.
"O meu compromisso é
trazer essa bola de volta para o centro do campo e recolocar a discussão",
afirmou o pedetista, em evento da indústria em São Paulo.
Ao ser questionado por
alguns empresários presentes em tom de cobrança sobre outras ocasiões em que
declarou que iria revogar a reforma, Ciro disse que o uso do termo
"revogar" não passava de um "cacoete de professor".
"Eu acho que essa
reforma trabalhista que passou, sem embargo de ter coisas boas, tem três
defeitos de origem que recomendam a gente trazer a bola de volta e abrir uma
conversa entre sindicatos e empresários em direção a achar o caminho de
convergência em que não fique uma parte humilhada e derrotada, e a outra parte
vitoriosa", explicou.
ALIANÇAS
Sobre a viabilidade de
reunir partidos do novo centrão com PSB e PCdoB em uma só aliança, Ciro
demonstrou otimismo.
"Foi assim que
redemocratizamos o Brasil lá atrás e é assim que a gente governa o Ceará com
grande êxito", disse o presidenciável, acrescentando que, em função da
aliança desses partidos no Ceará, seu Estado natal, o diálogo é mais
"natural".
"Eu quero juntar todos
os que tiverem vontade de ajudar o Brasil a virar esse jogo trágico",
disse ao ser questionado especificamente sobre o PR, que até agora vem
negociando com o PT e com o PSL, do pré-candidato Jair Bolsonaro.
"O problema brasileiro
hoje é tão grave, que é tão ilusória a ideia de que qualquer um de nós
possíveis candidatos terá capacidade de resolver o problema do Brasil sem um
amplo diálogo com forças contraditórias", completou o pedetista.
(Reportagem de Laís
Martins; Edição de Alexandre Caverni)
Reuters