José Aldenir / Agora RN |
A
confiança do empresário do comércio fechou o mês de janeiro com a quinta alta
consecutiva e o melhor início de ano desde 2014. O otimismo pode ser constatado
nos indicadores que retratam a disposição do setor em contratar e na
predisposição do empresário em investir.
Dados divulgados nesta
quarta-feira, 23, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), indicam que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio
(Icec) alcançou 120,9 pontos, o melhor início de ano desde 2014, quando marcou
122,6 pontos.
Indica, ainda, que três em
cada quatro empresários do setor pretendem contratar mais nos próximos meses e
que 46% dos entrevistados se mostraram dispostos investir na ampliação ou
abertura de lojas.
Para o economista-chefe da
CNC, Fabio Bentes, “a valorização do real nas últimas semanas, a desaceleração
dos preços e a atual trajetória de queda do desemprego favorecem o consumo
neste início de ano, justificando a percepção mais positiva das vendas por
parte dos empresários do comércio”.
Subíndices
Outra boa notícia para o
setor, segundo o economista, é a de que “expectativas altas quanto à economia,
desempenho do setor e da própria empresa exerçam influências generalizadas
sobre os subíndices”.
O subíndice da pesquisa que
mede a satisfação com o nível atual de atividade (Icaec), por exemplo, voltou a
crescer também pelo quinto mês consecutivo em janeiro, com expansão de 11,3% em
relação a dezembro, já descontados os efeitos sazonais.
Outro subíndice, o que mede
as expectativas dos empresários, apurou altas de 9,1% no primeiro mês do ano,
na comparação com dezembro do ano passado, e de 13,7% na comparação com janeiro
de 2018. Dos cerca de 6 mil empresários pesquisados, 94% esperam por melhora
das condições econômicas nos próximos meses.
“Esse é o maior percentual
de expectativas positivas em relação à economia desde o início do Icec em 2011.
Houve ainda avanços de 5,6% das expectativas em relação ao desempenho do setor
e de 4% das empresas dos entrevistados no médio prazo”.
Já a alta de 4,2% no
subíndice que mede o apetite por investimentos foi impulsionada pelo aumento de
6,6% nas intenções de contratação no comércio.
Em janeiro, 74,6% dos
entrevistados declararam estar propensos a contratar mais funcionários nos
próximos meses. “Esse é o maior percentual de intenções de contratação para
meses de janeiro desde o início da pesquisa em 2011”, ressalta a CNC.
Os demais componentes dos
investimentos apontam queda do pessimismo nos últimos meses. Segundo 46,1% dos
empresários, há planos de ampliação de investimentos nas lojas existentes ou em
novas unidades, e 24,2% percebem os níveis de estoques como “acima do
adequado”. “Em ambos os casos, os menores percentuais dos últimos quatro anos”.
Agência Brasil