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Bolsonaro
tentou vender um “novo Brasil” em Davos. Esta frase ecoou nos tuítes dos mais
diversos órgãos de imprensa que cobriram e/ou comentaram a participação do
presidente brasileiro no Fórum Econômico Mundial, na tarde desta terça-feira
(22). Mas as reações dos jornalistas no Twitter não foi das melhores.
Em francês, Sylvie
Kauffmann, diretora editorial e colunista do Le Monde e colaboradora do NY
Times escreveu “Fiasco de Bolsonaro em Davos, incapaz de responder
concretamente às questões de Klaus Schwab. 15 min. de generalidades”.
“Bolsonaro não combinou com
a multidão de Davos. Um discurso de campanha curto, muito geral, depois evita
dar respostas concretas às perguntas de Klaus Schwab. Definitivamente, nenhum
aplauso de pé”, tuitou ela, agora em inglês.
Para Heather Long, do The
Washington Post, o discurso do brasileiro foi um “grande fracasso”. “O
presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos. Grande fracasso.
Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua melhor linha era dizer às pessoas
para irem de férias ao Brasil. Bolsonaro é classificado como ‘Trump
sul-americano’, mas ele parecia morno.
"Manual
de Trump"
A jornalista em seguida
volta a compará-lo a Trump: “O presidente brasileiro Bolsonaro em #Davos
promete o manual econômico de Trump no Brasil: ‘Vamos trabalhar para reduzir a
carga tributária, simplificar as regras para aqueles que desejam produzir e tornar
mais fácil para os empresários investir e criar empregos’”.
A agência de notícias
Reuters estampou a manchete: "Jair Bolsonaro do Brasil joga fora o tapete
de boas vindas para grandes empresas e grandes investidores em #Davos”.
Já o jornal Financial Times
escreveu “[De] Extrema direita, Bolsonaro procura tranquilizar os céticos”.
O jornal britânico The
Guardian estampou: “Jair Bolsonaro alarma ativistas do clima com discurso
pró-negócios”.
RFI