© Fornecido por Três Editorial Ltda (Arquivo) Foto tirada em 1º de junho de 2018 mostra o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, em Brasília - AFP/Arquivos |
A
Força-tarefa da Lava Jato prendeu Michel Temer, ex-presidente da República, na
manhã desta quinta-feira (21). Os agentes também tentam cumprir um mandado
contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia. Os mandados foram
expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
De
acordo com o G1, a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a
localização de Temer desde quarta-feira (20), sem obter sucesso. Por este
motivo, a operação prevista para as primeiras horas desta quinta-feira atrasou.
A prisão de Temer tem como
base a delação de Lucio Funaro. No ano passado, Funaro entregou à
Procuradoria-Geral da República informações complementares do seu acordo de
colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que,
segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela
Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.
A delação de Lúcio Funaro,
operador do PMDB, feita em setembro de 2017 e homologada pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), serviu como base para a força-tarefa da Lava Jato. A colaboração
de Funaro detalha como funcionava o esquema de corrupção no Congresso, chefiado
por nomes fortes do PMDB – entre eles, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima,
Moreira Franco, Eduardo Cunha e Tadeu Filippeli.
De acordo com o jornal O
Globo, investigadores cruzaram informações e documentos fornecidos por Funaro
com planilhas entregues à Justiça pelos doleiros Vinícius Claret, o Juca Bala,
e Claudio Barbosa, o Toni. Eles são apontados como responsáveis por mandar
valores para o exterior para políticos e empresários, inclusive Altair Alves
Pinto, apontado como operador de Eduardo Cunha. Altair era conhecido como “o
homem da mala” e repassava dinheiro para Cunha e para o ex-presidente Michel
Temer.
Em breve, mais informações.
Istoé