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| Cícero Oliveira |
A
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) inaugurou na manhã desta
sexta-feira, 10, o Laboratório de Plastinação (LabPlast), único do Brasil a ser
construído especificamente para a técnica de plastinação – conservação de
espécime biológico a partir da substituição de água e gordura por polímeros no
interior dos tecidos. O trabalho resulta em materiais secos, sem odor e com
estado anatômico natural até em nível celular, utilizados para estudo da
anatomia humana.
Considerado o maior laboratório
de plastinação da América Latina, o LabPlast está construído no prédio do
Centro de Biociências (CB) do campus central. Foram investidos R$ 480 mil em
obras de instalações físicas e R$ 230 mil em equipamentos específicos para o
local, cuja estrutura possui 121 m² de área construída, comparada a
laboratórios dos Estados Unidos e da Europa. Além de ser utilizado por mais de
800 estudantes das áreas biológicas e de saúde no campus central, o laboratório
contribui para a melhoria da qualidade da graduação nos campi do interior, em
especial na Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM), em Caicó, cuja gestão
foi parceira do Departamento de Morfologia e do CB para a consolidação do
projeto.
“Esta unidade servirá a
vários centros e departamentos, com a proposta de ser multiusuário e
multicampi. Será importante para os alunos de Caicó e de toda a universidade”,
comemorou o diretor da EMCM, George Dantas de Azevedo, durante a solenidade de
inauguração, que contou com a presença de estudantes da EMCM. O resgate
histórico da iniciativa foi lembrado pelo membro da comissão de implantação do
LabPlast, Celcimar Alves Câmara, que em 2010 visitou o setor de Plastinação da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para conhecer a técnica e a
infraestrutura necessária. Para o coordenador do novo laboratório, Expedito
Silva do Nascimento, a concretização do projeto representa um avanço expressivo
para a anatomia na UFRN.
A unidade também abre
possibilidades para cooperações interinstitucionais, entre elas a oferta de cursos
de capacitação e a estruturação de acervos plastinados para escolas públicas,
assim como viabiliza a criação de exposição itinerante vinculada ao Museu de
Ciências Morfológicas da UFRN, que poderá percorrer desde a Semana de Ciência,
Tecnologia e Cultura (Cientec) até escolas, shoppings, entre outros lugares. “O
significado do LabPlast não está no valor financeiro, mas na melhoria da
qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão e da formação dos recursos
humanos de forma ampliada. Para que todos os projetos sejam realizados pelos
diferentes cursos, haverá uma gestão compartilhada do espaço”, afirmou a
reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz.
Também estiveram presentes
na solenidade de inauguração a senadora Zenaide Maia, o vice-reitor José Daniel
Diniz Melo e o diretor do Centro de Biociências, Graco Aurélio Viana, além de
professores, gestores, alunos e técnico-administrativos da universidade.
Agora
RN
