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José Aldenir / Agora RN |
Pelo
segundo mês consecutivo, o Rio Grande do Norte apresentou saldo positivo na
geração de empregos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia na sexta-feira,
23, o Estado teve um saldo de 788 contratações em julho.
O Rio Grande do Norte
registrou o quarto melhor índice de criação de empregos entre os estados do
Nordeste no mês, atrás da Paraíba (1.870 vagas), Alagoas (1.470 vagas) e Ceará
(850).
Considerando os dados do
ano todo, porém, o saldo ainda é negativo. Foram fechados, nos sete primeiros
meses do ano, 4.384 vagas no mercado formal.
Em junho, o RN acompanhou a
tendência do País. O Brasil criou, no mesmo período, 43.820 vagas de emprego
com carteira assinada.
Com a safra de frutas
iniciando em setembro, a agropecuária foi o destaque de junho no Rio Grande do
Norte. O setor abriu 1.105 postos de trabalho.
O comércio foi o segundo
setor que mais admitiu mão de obra no período: 362 novos trabalhadores com
carteira assinada, seguido da construção civil (29 vagas). O extrativismo
mineral gerou 25 vagas e a indústria de utilidade pública 23 postos de
trabalho. Já a indústria de transformação perdeu 241 vagas e o setor de
serviços 513 vagas, o recordista no período em desligamentos na relação com as
contratações.
Os dados do Caged revelam,
ainda, que o saldo positivo foi alcançado devido ao bom desempenho das médias e
microempresas, que abriram 566 e 118 novas vagas no mês. As médias empregaram
2.989 trabalhadores e dispensaram outros 2.593. Já nas microempresas, foram
admitidas 5.723 pessoas e demitidas 5.197.
E são as corporações desse
porte que têm o maior número de contratações no Rio Grande do Norte. Das 13.174
pessoas empregadas com carteira assinada no estado em julho, 5.723 desempenham
atividade numa microempresa e 2.817 em uma pequena empresa. Juntos, esses
pequenos negócios responderam por quase 65% do estoque de empregos do Rio
Grande do Norte no sétimo mês do ano.
Nas empresas dos demais
porte, as demissões foram maiores que as admissões, gerando assim um saldo
negativo. Nas grandes empresas, julho encerrou com 378 vagas a menos, enquanto,
nas pequenas empresas, o saldo foi negativo em 43 vagas perdidas.
Em nota, o secretário de
Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo, afirmou que o mercado de
trabalho vem apresentando sinais de recuperação gradual, e que a agenda de
reformas pode melhorar o cenário.
“Consideramos que o mercado
de trabalho tem apresentado sinais de recuperação gradual, em consonância com o
desempenho da economia. O governo vem adotando medidas de impacto estrutural e
esperamos reflexos positivos no mercado de trabalho, na medida do
aprofundamento das reformas”, disse Dalcolmo.
Do saldo total de julho,
6.286 vagas foram resultado da reforma trabalhista, número equivalente a 14,34%
do total. A maior parte destes empregos veio na modalidade intermitente (quando
o empregado recebe por horas de trabalho), que teve saldo de 5.546 postos,
principalmente em ocupações como alimentador de linha de produção, servente de
obras e faxineiro. Na categoria de trabalho em regime de tempo parcial, foram
740 vagas, em ocupações como faxineiro, auxiliar de escritório e operador de
caixa.
Em julho de 2019, houve
18.984 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, envolvendo
13.918 estabelecimentos, em um universo de 12.592 empresas. Um total de 45
empregados realizou mais de um desligamento mediante acordo com o empregador.
A administração pública foi
o único setor que mais demitiu do que contratou em julho. Esse segmento da
economia fechou 315 postos de trabalho no mês passado, ainda de acordo com o
Caged.
Entre os estados, o Rio de
Janeiro registrou saldo negativo, e fechou 2.845 vagas em julho. Espírito Santo
e Rio Grande do Sul também fecharam o mês no vermelho, com o maior número de
demissões – 4.117 e 6.348, respectivamente.
Agora
RN