Perito Fernando Marinho coordena antropologia forense no Itep-RN — Foto: Divulgação |
O Instituto Técnico-Científico de
Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) vai começar a utilizar tecnologia 3D
para fazer a reconstrução facial de cadáveres não identificados no estado. O
uso desse método acontece após parceria com o professor Cícero Morais, que é
designer 3D e especialista em reconstrução facial forense - ele irá fornecer de
forma gratuita os softwares que desenvolveu ao Itep.
O novo recurso vai possibilitar reconstruir a face em
crânios encontrados em cenas de crimes, aproximando com a fisionomia real e
identificando o cadáver que foi encontrado em decomposição. “Conseguimos
atender várias demandas, entre elas a da perícia criminal com a aproximação da
fisionomia da face de um cadáver e até mesmo de um corpo inteiro",
explicou o professor Cícero Morais.
O novo recurso poderá ser usado ainda de outras formas.
"Há a possibilidade ainda de utilizar a fotogrametria, que possibilita a
partir de fotografias de um objeto, reconstruí-lo em 3D. Podemos ainda importar
e converter tomografias, separando áreas especificas como osso, tecido, dentes,
o que permite, também na área pericial, digitalizar cenas de crime para fazer
aproximações de acidente de trânsito, por exemplo”, completou o professor.
Segundo o diretor do IML e coordenador do Núcleo de Antropologia
Forense do Itep-RN, Fernando Marinho, o recurso, a princípio, vai ser utilizado
apenas para reconstrução facial. “Inicialmente iremos empregar esses
conhecimentos técnicos nos casos de ossadas não identificadas visando à
reconstrução facial com o objetivo de futura identificação”, explicou Fernando
Marinho.
Esse será a primeira vez em que o trabalho de
reconstituição facial forense usará de forma oficial os programas desenvolvidos
pelo professor. “A parceria irá permitir que o conhecimento seja repassado a
outros técnicos para suprir as demandas do Instituto de forma mais apurada e
com maior rapidez”, acredita Cícero Morais.
G1
RN