terça-feira, 20 de agosto de 2019

Itep vai usar tecnologia 3D para reconstrução facial de cadáveres não identificados no RN

Perito Fernando Marinho coordena antropologia forense no Itep-RN — Foto: Divulgação

O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) vai começar a utilizar tecnologia 3D para fazer a reconstrução facial de cadáveres não identificados no estado. O uso desse método acontece após parceria com o professor Cícero Morais, que é designer 3D e especialista em reconstrução facial forense - ele irá fornecer de forma gratuita os softwares que desenvolveu ao Itep.

O novo recurso vai possibilitar reconstruir a face em crânios encontrados em cenas de crimes, aproximando com a fisionomia real e identificando o cadáver que foi encontrado em decomposição. “Conseguimos atender várias demandas, entre elas a da perícia criminal com a aproximação da fisionomia da face de um cadáver e até mesmo de um corpo inteiro", explicou o professor Cícero Morais.

O novo recurso poderá ser usado ainda de outras formas. "Há a possibilidade ainda de utilizar a fotogrametria, que possibilita a partir de fotografias de um objeto, reconstruí-lo em 3D. Podemos ainda importar e converter tomografias, separando áreas especificas como osso, tecido, dentes, o que permite, também na área pericial, digitalizar cenas de crime para fazer aproximações de acidente de trânsito, por exemplo”, completou o professor.

Segundo o diretor do IML e coordenador do Núcleo de Antropologia Forense do Itep-RN, Fernando Marinho, o recurso, a princípio, vai ser utilizado apenas para reconstrução facial. “Inicialmente iremos empregar esses conhecimentos técnicos nos casos de ossadas não identificadas visando à reconstrução facial com o objetivo de futura identificação”, explicou Fernando Marinho.

Esse será a primeira vez em que o trabalho de reconstituição facial forense usará de forma oficial os programas desenvolvidos pelo professor. “A parceria irá permitir que o conhecimento seja repassado a outros técnicos para suprir as demandas do Instituto de forma mais apurada e com maior rapidez”, acredita Cícero Morais.

G1 RN

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