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© Cesar Ogata/Fotos Públicas Radar: alta em acidentes graves nos primeiros sete meses de 2019 é a primeira desde 2011 |
As rodovias federais brasileiras
estão operando parcialmente sem radares desde março deste ano. A informação vem
de dados obtidos pelo jornal O
Globo por meio da Lei de Acesso à Informação.
Quase todos os equipamentos
que estavam operando em janeiro nas vias foram desativados a partir de março
deste ano, uma promessa do presidente Jair Bolsonaro, que afirmava com
frequência que desejava acabar com o que chama de “indústria da multa”.
O governo não renovou nem
substituiu contratos para 2.811 radares fixos nas rodovias federais. Ainda
segundo as informações obtidas pelo Globo, sobraram somente
439 equipamentos permanentes nas estradas geridas pelo Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit). As estradas do Dnit representam 90% da
malha rodoviária federal.
Em agosto, também foram suspensos o uso de 299
radares portáteis da Polícia Rodoviária Federal, por ordem de despachos do presidente Jair
Bolsonaro.
Acidentes aumentam
Com radares desligados, os acidentes considerados
graves, isto é, com mortos ou feridos, tiveram alta de 2% entre janeiro e julho
deste ano. Enquanto isso, o número de acidentes no geral caiu 8% na comparação
com o mesmo período de 2018, segundo levantamento do programa SOS Estradas com
base em dados da Polícia Rodoviária Federal.
Especialistas
em segurança no trânsito alertam que, sem os radares, acidentes por excesso de
velocidade podem aumentar.
A alta em acidentes graves
é a primeira desde 2011. Na ocasião, o Brasil se comprometeu com a
Organização das Nações Unidas a adotar as metas da entidade para tornar o
trânsito mais seguro.
Exame.com