Incêndio florestal atinge mata na zona rural do município de Portalegre, no RN. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação |
O Governo do Rio Grande do Norte
anunciou um decreto situação de emergência nos municípios de Portalegre e
Viçosa, com validade de 90 dias, por causa do aumento do número de incêndios
florestais na região. O texto será publicado em edição extraordinária do Diário
Oficial ainda nesta quarta-feira (9).
Além do aumento do número de incêndios, a medida
considera "os graves danos provocados à fauna e à flora, a dificuldade na
recuperação natural das áreas devastadas pelo fogo, agravamento da situação
hídrica do Estado e o impacto socioeconômico no setor agropecuário".
O documento permite ao Corpo de Bombeiros contratar, com
dispensa de licitação, as obras e os serviços necessários a mitigar as
consequências provocadas pelos incêndios, além de compra de materiais e
equipamentos para combate às queimadas. Também poderão ser adotadas medidas
preventivas junto aos municípios, dentre elas a formação e treinamento de
brigadas de incêndio e ações educativas para a população.
O combate ao fogo na serra do município de Portalegre
ultrapassou as 40 horas nesta quarta-feira (9). Segundo o Corpo de Bombeiros,
20 militares estavam trabalhando no local com a ajuda de voluntários,
carros-pipa e máquinas cedidos pela Prefeitura.
Mais 20 bombeiros foram enviados à cidade para reforçar o
combate ao incêndio. Já a equipe da Defesa Civil que está na região trabalha
junto às coordenadorias de Defesa Civil de Portalegre e de Viçosa. Um plano de
ação que inclui o uso de drone para levantamento da área atingida e mapeamento
dos locais de mais fácil acesso aos focos de incêndio foi elaborado.
Somente em outubro, até esta
terça-feira (8), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou
60 focos de incêndios no Rio Grande do Norte. Em agosto e setembro foram 52 e
81, respectivamente, contra um foco em junho e quatro em julho.
De acordo com o governo, o último trimestre do ano é o
período mais quente, com baixa umidade relativa do ar, aumento da intensidade
dos ventos e, consequentemente, mais propício ao surgimento de focos de
incêndio.
G1
RN