© NELSON ALMEIDA/AFP Pessoas observam ofertas de emprego na rua Barão de Itapetininga no centro de São Paulo - 31/01/2017 |
Dos 12,5 milhões de desempregados no
país ao fim de setembro, 7,6 milhões está a procura de emprego há menos de um
mês e até um ano. É o que mostra dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 19,
pelo IBGE. Desse total, 5,8 milhões procuram
recolocação entre um mês e menos de um ano e outros 1,8 milhão estão
desempregados há menos de um mês.
Do total de desempregados no 3º trimestre, 3,2
milhões procuravam trabalho há dois anos ou mais e 1,7 milhão entre 1 ano e 2
anos, um total de 4,8 milhões de pessoas. Apesar do número ainda elevado
de desemprego, houve um recuo no chamado desemprego de longa duração. No 3º
trimestre de 2018, eram 5 milhões que procuravam trabalho há pelo menos 1 ano.
A taxa de desemprego no 3º tri ficou em 11,8%
contra 12% no trimestre anterior, conforme o IBGE já havia divulgado
anteriormente.
Segundo o IBGE, a queda na desocupação se deve a
informalidade. A geração de postos de trabalho é em grande parte explicada por
recordes em duas categorias que não são formais: houve aumentos de 2,9% no
emprego sem carteira no setor privado, que registrou 11,8 milhões de empregados,
e de 1,2% de trabalhadores por conta própria, que totalizavam 24,4 milhões de
pessoas.
A taxa de informalidade da população ocupada –
inclui empregados sem carteira assinada no setor privado, trabalhador doméstico
sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem
CNPJ e trabalhador auxiliar familiar – chega a 57,9% nos estados do Norte,
53,9% no Nordeste, 38,5% no Centro Oeste, 35,9% no Sudeste e 32,2% no Sul.
O número de pessoas que desistiram de procurar
trabalho, os desalentados, caiu. Eram 4,7 milhões no terceiro trimestre
ante 4,9 milhões no trimestre anterior. Bahia (781 mil pessoas) e
Maranhão (592 mil pessoas) têm o maior número de desalentados.
SP é o único estado com queda no
desemprego
São Paulo foi o único estado a registrar queda na
taxa de desemprego no 3º trimestre, de 12,8% para 12% Segundo o IBGE, das 27
unidades da federação, 25 delas apresentaram estabilidade em relação ao segundo
trimestre. Na outra ponta está Rondônia, com taxa de 8,2%, uma alta de 1,5 ponto
percentual.
Segundo o IBGE, os maiores níveis de
desemprego foram observados na Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%), e em Pernambuco
(15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato
Grosso (8%).
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