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© Anderson Riedel/PR/Agência Brasil Pronunciamento do Secretário Especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten (15/01/2020) |
O
Ministério Público Federal (MPF) em Brasília solicitou à Polícia
Federal (PF) a abertura de um inquérito criminal para investigar supostos
crimes cometidos pelo chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da
República (Secom),
Fábio Wajngarten, informou o jornal Folha de S. Paulo nesta
terça-feira 28. Entre as suspeitas, estão práticas de corrupção passiva,
peculato e advocacia administrativa (patrocínio de interesses privados na
administração pública).
As penas previstas para os
crimes variam de um mês a 12 anos de prisão, além de multa. O pedido do MPF foi
motivado por um suposto conflito de interesses do chefe da Comunicação da
Presidência. Wajngarten é sócio majoritário de uma empresa, a FW, que recebe
dinheiro de emissoras de TV (como Record e Band) e de agências publicitárias contratadas
pela Secom, ministérios e estatais.
O caso corre em sigilo.
Segundo a Folha, o pedido do MPF foi assinado na
segunda-feira 27 pelo procurador Frederick Lustosa, após a Procuradoria da
República do Distrito Federal receber representações de diversos cidadãos.
Trata-se da primeira frente de apuração criminal a ser aberta contra o chefe da
Secom.
Wajngarten ainda não se
manifestou sobre o inquérito, mas tem negado quaisquer
irregularidades. Ele também é alvo de um processo administrativo no Tribunal de
Contas da União (TCU) por suposto direcionamento político de verbas de
propagandas para TVs consideradas próximas ao governo, o que afrontaria
princípios constitucionais, com o o da impessoalidade na administração pública.
Veja.com