quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Brasil ainda terá de conviver no mínimo 1 ano com o novo coronavírus

© Camila Souza/GOVBA Centro de Integração de
Dados e Conhecimento para Saúde
Paciência, muita paciência nessa hora. Ela precisa ser aliada dos brasileiros na luta contra a covid-19. De acordo com um pesquisador da Fiocruz, o brasileiro terá de conviver ainda, no mínimo, 1 ano com o novo coronavírus, sem uma vacina disponível para a maioria da população.

A afirmação foi feita por Manoel Barral Netto, pesquisador da Fiocruz Bahia e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia.


Ele previu esse período de convivência com o novo coronavírus em reunião, nesta terça, 4, da comissão da Câmara que acompanha as ações de combate à pandemia.


“Esse vírus não vai desaparecer”, afirmou no encontro. “Será muito otimismo imaginar que a gente vai ter uma vacina disponível para grande parte da população em menos de um ano. Então nós temos que conviver com esse vírus por pelo menos 12 a 18 meses ainda.”


Além de estipular o prazo de mais 1 ano com o novo coronavírus, ou até 1 ano e meio, Manoel Barral Netto criticou a baixa quantidade de testes que têm sido feitos no país.


De acordo com o pesquisador, nos países que controlaram efetivamente a covid-19, 1 entre cada 20 testes dá positivo. No Brasil, essa proporção é de 1 para cada 2.


“Esse fator [testagem] considero que será muito importante para a etapa inclusive depois que a gente consiga um avanço na queda no número de casos”, disse o especialista da Fiocruz Bahia.


“Então essa é a mensagem. Não é uma questão só de diminuir os casos agora. É diminuir o número de casos, de novos surtos após o controle dessa onda, que, no nosso caso, ainda vai demorar, porque ainda estamos com um patamar elevado de casos”, complementou.


Na reunião da comissão, além da estimativa de mais 1 ano com o novo coronavírus, não faltaram críticas aos vetos que o presidente Jair Bolsonaro têm realizado a projetos aprovados pelo Congresso com o intuito de combater a covid-19 e seus efeitos econômicos.

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