Igo Estrela/Estadão - Bolsonaro quer cumprir o que prometeu em campanha |
O Nordeste, que deu maioria ao PT na eleição à presidência
nas últimas eleições, deverá ganhar atenção especial do eleito Jair Bolsonaro
(PSL), segundo notícia neste domingo, 18, o jornal carioca O Globo.
Bolsonaro,
assegura o jornal, quer transformar o Nordeste numa vitrine de sua gestão,
desmontando a hegemonia petista na região. E vai começar esse trabalho
retomando as obras paralisadas das administrações petistas, como a transposição
do rio São Francisco e a construção de ferrovias, como a Transnordestina.
“Tenho
dito que o Nordeste é o centro das atenções para mudar o Brasil”, afirmou ao
jornal o futuro Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (CSI), o
general Augusto Heleno.
Segundo
ele, o primeiro grande foco é resolver os problemas hídricos, de falta de água,
que entende uma questão sensível na região.
Uma
das metas seria importar tecnologia israelense de dessalinização da água do mar
para uso na agricultura no semiárido, uma promessa da campanha de Bolsonaro.
Outra
prioridade, segundo o general Augusto Heleno, é retirar o maior ganho político
de todo um conjunto de ações do governo, já que o PT governará a partir de
janeiro Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.
“O
Nordeste pode se tornar uma grande vitrine de Bolsonaro, mas acho que essa preocupação
é secundária, uma consequência. Não acredito que as pessoas sejam tão infantis
e continuem pensando em voto, em manipulação, em manter gente como coitadinho
quando a gente pode fazer as pessoas terem outra perspectiva de vida”, afirmou.
O
general reconhece, no entanto, que algumas das obras pretendidas para a região
não ocorrerão de uma hora para outra. Ele ainda não sabe em que ritmo elas se
darão, especialmente a retomada da ferrovia Trasnordestina – obra que ele
entende bem mais complexa do que retomar, por exemplo, uma rodovia.
Outra
questão que ainda é fruto de reflexão no governo Bolsonaro é como as obras que
dependam de contrapartida dos governos estaduais serão tocadas, tendo em vista
os graves problemas fiscais dos estados.
O Globo