© iStock Mochila deve ter até 10% do peso do aluno para evitar danos à saúde |
Item quase
indispensável na rotina escolar crianças e jovens país afora, a mochila pode
ser aliada e vilã, dependendo da maneira como é usada. De acordo com a
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o peso da mochila não
deve ultrapassar 10% do peso da criança, uma vez que mochilas pesadas podem
causar dores e lesões em ombros, pescoço, lombar, quadril e joelhos.
Para ajudar pais, responsáveis, crianças e jovens
nessa missão diária de organizar a mochila para o ambiente escolar, a
psicopedagoga e orientadora educacional do colégio Mopi Adriana
Ferreira lista cinco dicas de ouro.
- Primeiramente, observe o peso da própria mochila. Algumas delas são
produzidas com material que já é pesado ou possui tantos acessórios que
comprometem esse aspecto. Mochilas menores também podem ser um boa
alternativa para que os alunos não precisem carregar material supérfluo.
- As capas duras tornam o caderno um dos vilões do peso na mochila. É
sempre recomendável a compra de cadernos individuais mais finos. É também
preferível substituir os cadernos no meio do ano, evitando que o aluno
sofra com as dores provocadas pelo excesso de peso;
- Pense nos itens necessários para a aula na noite anterior. Os
jovens têm uma tendência a arrumar a mochila para a semana com medo de
esquecer algo. Isso é um erro terrível, uma vez que aumenta em demasia o
peso a ser carregado.
- Sempre que possível, esvazie a mochila. Inúmeras vezes, a mochila
dos filhos é aberta e são notados vários papeis embolados, panfletos,
materiais e livros que não são mais usados, brinquedos ou maquiagens em
demasia, entre outros. Habituá-los a esse processo é uma boa saída;
- Organize a mochila de forma a distribuir o peso. Os materiais mais
pesados precisam estar mais próximos ao corpo e, havendo bolsos laterais,
distribua uniformemente os objetos para equilibrar o peso.
"Essas dicas podem minimizar o problema, mas é
indispensável que a família ensine a criança essa forma organização e não faça
por ela. Com a correria do dia a dia, é muito comum ver mães, pais e
responsáveis bastante preocupados com essa questão e que acabam fazendo pelo
filho para ser mais 'rápido'. Esse é um dos piores erros cometidos por pais e
responsáveis. Fazer por eles não vai ensiná-lo e, sim, acomodará o estudante
que, com o passar do tempo, terá ainda mais responsabilidade e peso para
carregar. E como conseguirá aprender sozinho, se sempre teve alguém para fazer
por e para ele?”, completa a orientadora.
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