Governo do RN / Divulgação |
Médicos
do Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, investigam o primeiro caso suspeito de
coronavírus no Rio Grande do Norte. Um homem de 25 anos, que não teve a
identidade revelada, deu entrada no hospital nesta quarta-feira (12), por volta
das 19h, com febre e sintomas gripais.
Segundo
apurou o Agora RN, o homem teve contato com chineses na Praia de Pipa, no
litoral sul potiguar, há cerca de uma semana. Depois disso é que ele começou a
apresentar os sintomas. Ele já tem leucemia mieloide crônica.
Um
infectologista do hospital confirmou à reportagem que o homem está em
“isolamento total” dentro do Giselda Trigueiro e que o caso dele é tratado como
suspeita de coronavírus.
A
Secretaria de Saúde Pública disse que apura o caso e ainda não se manifestou
oficialmente sobre o assunto.
Nesta
quarta-feira (12), chegou a 1.350 o número de mortes causadas por coronavírus
no mundo. Somente na província de Hubei, epicentro do surto na China, já foram
confirmados 48.206 casos da doença.
Até
agora, nenhum caso da doença foi confirmado no Brasil, segundo o Ministério da
Saúde.
A
Secretaria de Estado da Saúde Pública convocou entrevista coletiva para esta
sexta-feira (14), às 8h30, na Escola de Governo, para apresentar as informações
sobre o caso do paciente que está em observação no Hospital Giselda Trigueiro.
Em nota
enviada à imprensa, a Sesap informa que no momento está apurando os fatos para
que possa inferir se há ou não um caso suspeito de Infecção Humana pelo Novo
Coronavírus, uma vez que para ser considerado caso suspeito esse deverá atender
aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. No momento as
investigações estão em curso e ainda não há informações precisas.
Giselda
Trigueiro tem ala de isolamento para casos suspeitos de coronavírus
A
Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) montou no Hospital Giselda
Trigueiro uma enfermaria, com 25 leitos, para o atendimento de possíveis casos
coronavírus diagnosticados no Rio Grande do Norte, além do Hospital Giselda
Trigueiro, também foi designado o Hospital Maria Alice Fernandes, na Zona
Norte, para atuar na retaguarda para o tratamento de possíveis doentes.
Transmissão
da doença
A
transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com
secreções contaminadas – gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato
pessoal próximo –, bem como a partir do toque ou aperto de mão, contato com
objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou
olhos.
Segundo a
Secretaria Estadual de Saúde, os principais sintomas clínicos referidos são
principalmente respiratórios: tosse, febre e dispneia (dificuldades ao
respirar). Não existe tratamento especifico para infecções causadas por
coronavírus humano. Dependendo do caso algumas medidas podem ser adotadas para
alivio dos sintomas, como uso de medicamento para dor e febre. Assim que os
primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para
confirmar ou descartar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
A Sesap
orienta aos profissionais de saúde que todo caso suspeito deverá ficar mantido
em isolamento respiratório e deve ser notificado de forma imediata pelo
profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Centro de Informações
Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/RN).
As
precauções recomendadas para o público em geral são:
- Lavagem de mãos frequente com água e sabão, com duração mínima de
20 segundos, ou usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, com as mãos não lavadas;
- Evitar contato próximo com pessoas doentes;
- Ficar em casa quando estiver doente;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel
descartável, jogando-o no lixo após uso;
- Manter os ambientes bem ventilados;
Limpar e desinfetar objetos e superfície tocados com frequência; - Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos ou
garrafas);
- Evitar aglomeração de pessoas;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em
fazendas ou criações;
- Evitar viagens à China e países com transmissão local do vírus,
neste momento, e se possível evitar locais com casos suspeitos da doença.
Agora
RN