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© Sérgio Lima/Poder360 O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) |
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), usou sua conta no Twitter para criticar pronunciamento do
presidente da República, Jair Bolsonaro.
Nesta 3ª feira (24.mar.2020), Bolsonaro falou em rede nacional de
rádio e TV que não há motivos para fechar escolas por causa do coronavírus,
causador da covid-19. Ele criticou governadores, disse que a imprensa fomentou “histeria” e
fez referência até ao médico Drauzio Varella.
Maia classificou como “equivocado” o
pronunciamento de Bolsonaro. Também disse que os brasileiros devem seguir as
recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde.
Maia e os líderes da Câmara estavam em reunião
por videoconferência quando o pronunciamento de Bolsonaro foi transmitido. O Poder360 conversou
com 2 líderes de partidos de centro logo depois das falas do presidente da
República.
Um deles não tinha conhecimento do conteúdo da manifestação de Bolsonaro. “Nem
me fale”, comentou depois de ler breve relato das falas. O outro
disse que era uma atitude precipitada do político, e incoerente com o estado de
calamidade solicitado pelo próprio governo. “Quem vai entender o presidente? Eu não
entendo.”
Opositores também já começaram a se manifestar. O líder do PSB,
Alessandro Molon (PSB-RJ), por exemplo, diz que Bolsonaro se “desconectou
da realidade”.
O líder da Oposição no Senado, André Figueiredo (PDT-CE), chamou de
“inacreditável” a fala de Bolsonaro. Em seu perfil
no Instagram, o senador escreveu que “não tem condições mentais de continuar
no cargo”.
Alcolumbre mais contundente
O presidente
do Senado também divulgou nota sobre as falas de Jair Bolsonaro. Davi
Alcolumbre (DEM-AP) foi mais duro do que Rodrigo Maia. Disse que o “país
precisa de uma liderança séria e responsável”.
Alcolumbre
afirma que a atitude de Bolsonaro está na “contramão das ações adotadas
em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS)”.
Tanto a Câmara
quanto o Senado instituíram regimes de votação
remotos para evitar a aglomeração de congressistas e assessores
nos plenários. O objetivo da medida é evitar a propagação do coronavírus.
Poder 360