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Em
2014, o Brasil registrou 160 mortes violentas intencionais por dia. Segundo
levantamento divulgado hoje (8) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os
homicídios dolosos, latrocínios e as lesões corporais seguidas de morte somaram
58.559 casos no ano passado. O número é 4,8% maior do que as 55.878 vítimas
registradas em 2013. Com o aumento, a taxa de mortes violentas no país passou
de 27,8 por 100 mil habitantes para 28,9 para cada grupo de 100 mil pessoas em
2014.
A maior parte dessas mortes foi enquadrada
como homicídio doloso. Foram 53.305 casos no ano passado, com crescimento de
4,26% em relação aos 50.167 crimes do mesmo tipo praticados em 2013. Em
seguida, a ação policial aparece como segunda maior causa de óbitos violentos.
Em 2014, foram mortas por policiais oito pessoas por dia, em um total de 3.022
casos. O número é 37,2% superior às 2.203 mortes causadas pelas forças de
segurança em 2013.
Os roubos seguidos de morte vitimaram
2.061 pessoas em 2014. Em 2013, foram registrados 1.928 latrocínios em todo o
país, além de 1.172 lesões corporais seguidas de morte. O número de ocorrências
desse último crime caiu para 773 casos em 2014. As mortes de policiais também
caíram, de 408 casos, em 2013, para 398, no ano passado.
Alagoas teve a maior taxa de mortes
intencionais por 100 mil habitantes, foram 66,5 em 2014. Entretanto, o número
representa queda de 3,5% em relação à taxa de 2013, quando o estado teve 68,9
mortes por grupo de 100 mil pessoas. Em números absolutos, foram 2.208 casos
registrados em 2014, contra 2.273 no ano anterior.
A Bahia registrou o maior número
absoluto de mortes violentas, com 6.265 vítimas em 2014. Em 2013, o estado teve
6.026 óbitos intencionais. De um ano para outro, a taxa subiu de 40,1 por 100
mil habitantes para 41,4 casos para cada 100 mil pessoas.
O Rio de Janeiro foi o segundo estado
em número absoluto de mortes intencionais - 5.714 em 2014 e 5.348 em 2013. A
taxa por 100 mil habitantes subiu 6,3%, de 32,7, em 2013, para 34,7, no ano
passado.
Apesar de ser o terceiro estado com o
maior número absoluto de vítimas – 5.612 em 2014 – São Paulo tem a menor taxa
de mortalidade violenta intencional por 100 mil habitantes, 12,7. O número
representa crescimento de 1,7% em relação ao índice de 12,5 mortes a cada 100
mil pessoas verificado em 2013. Naquele ano, os homicídios dolosos,
latrocínios, as lesões corporais seguidas de morte e vítimas de ação policial
somaram 5.472 casos. As forças de segurança paulistas também foram as que mais
causaram mortes em 2014 - 965 casos, com alta de 57,1% em relação às 614 mortes
do ano anterior.
O Fórum Brasileiro de Segurança
Pública fez o levantamento com base em informações disponibilizadas pelas
secretarias de Segurança Pública e Defesa Social em suas páginas oficiais, além
de dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Agência
Brasil