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A Justiça Federal de Brasília incluiu
o presidente Michel Temer e dois dos seus ministros mais próximos, Eliseu
Padilha (Casa Civil e Moreira Franco (Minas e Energia), como testemunhas em
processo que apura uma suposta organização criminosa que atuou na Petrobras.
O juiz Vallisney de
Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, também pediu para ouvir como
testemunha o empresário Joesley Batista, ligado à J&F.
Em decisão a que a Reuters
teve acesso, o magistrado afirmou que as referências feitas a Temer, Moreira,
Padilha e Joesley por réus no processo tornam "imprescindíveis" a
tomada de testemunho deles. A data do depoimento deles, disse o juiz, será
marcada após se ouvir testemunhas de acusação no processo.
Por ser presidente, Temer
tem a prerrogativa de mandar as respostas por escrito.
Vallisney também abriu
prazo de 15 dias para que o MPF e a defesa dos réus formulem as perguntas a
Temer e, após esse prazo, o próprio magistrado poderá formular questionamentos
adicionais se julgar conveniente.
STF
Esse caso refere-se à
denúncia feita inicialmente há um ano pelo então procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, em que acusou Temer no Supremo Tribunal Federal (STF) de ser o
chefe do esquema do chamado grupo do MDB da Câmara.
Essa acusação criminal foi
encaminhada para a Câmara, que posteriormente rejeitou permitir o Supremo de
julgar se tornava o presidente réu. O caso contra Temer foi suspenso até ele
deixar o mandato, mas o STF remeteu para a primeira instância prosseguir a
apuração contra outros acusados.
Em abril deste ano, a
Justiça Federal de Brasília tornou réus nove pessoas, como integrantes do MDB e
amigos de Temer, o coronel João Baptista de Lima Filho e o advogado José Yunes,
após o MPF da capital confirmar a denúncia de Janot e acrescentar novos fatos.
Reuters