José Aldenir / Agora RN - Dados foram divulgados pela Confederação Nacional dos Transportes |
Um
em cada quatro quilômetros das estradas do Rio Grande do Norte está em
condições ruins ou péssimas de tráfego, de acordo com a mais recente pesquisa
da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada nesta terça-feira,
22.
Segundo o levantamento, que
pesquisou 1,8 mil quilômetros de estradas federais e estaduais no Rio Grande do
Norte, 26,6% das rodovias do Estado apresenta algum tipo de problema – como
desgastes, afundamentos ou trincas no asfalto ou problemas de geometria da via
ou sinalização.
A pesquisa CNT aponta que
apenas 4,5% das rodovias têm condições ótimas de tráfego. 29,9% estão em “boas”
condições e 39% têm estado geral “regular”.
Entre os fundamentos
avaliados, a pior situação é a de geometria das vias. De acordo com a pesquisa
da CNT, mais da metade das estradas (54,9%) tem desenho ruim ou péssimo. Neste
quesito, são avaliadas a distância de visibilidade e a velocidade máxima
percorrida pelos motoristas, considerando critérios como segurança e conforto.
De acordo com o estudo, a
pior estrada potiguar é a BR-226, que liga a Grande Natal à região Seridó do
Estado. Ela levou nota “péssima” em todos os quesitos avaliados. Além dela,
foram mal avaliadas as rodovias federais BR-110 e BR-103 e todas as rodovias estaduais,
que receberam só notas “ruim” ou “péssima”.
CENÁRIO
NACIONAL
Em todo o País, o número de
pontos críticos da malha rodoviária pavimentada brasileira aumentou em 75,6%
entre 2018 e 2019. De acordo com a CNT, essa situação, associada a outros fatores
como falta de investimentos e má qualidade das pistas, prejudica a
competitividade dos produtos brasileiros, aumentando em 28,5% o custo
operacional dos produtos que têm, nas rodovias, sua principal forma de
escoamento.
Segundo o levantamento,
foram identificados, em 2019, 797 pontos críticos nas rodovias brasileiras.
Destes, 130 são erosões na pista, 26 quedas de barreira, 2 pontes caídas e 639
trechos com buracos grandes. Entre 2017 e 2018, o número de pontos críticos já
havia aumentado de 363 para 454 casos.
Na avaliação da CNT, 59,0%
da malha rodoviária pavimentada apresentam algum tipo de problema, motivo pelo
qual foi considerada regular, ruim ou péssima. Ainda segundo o levantamento,
41,0% da malha são consideradas ótimas ou boas. De acordo com o levantamento
anterior, feito em 2018, 57% dos trechos de malha pavimentada apresentavam
estado geral com classificação regular, ruim ou péssima.
Agora
RN