Pelo
menos 17 localidades do Rio Grande do Norte foram atingidas até agora pelas
manhas de óleo que começaram a chegar à costa do Nordeste e Espírito Santo
desde o último dia 30 de agosto.
Ao todo, desde então, 111
municípios foram afetados, segundo o último levantamento do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
divulgado nesta segunda-feira, 11.
O número de praias, rios,
ilhas e mangues atingidos por óleo chegou a 494, de acordo com o monitoramento,
e desses apenas 195 foram consideradas “limpas”, ou seja, sem vestígios
ou manchas.
Dentre as que ainda têm
óleo, estão a Praia do Japaratinga e o Mangue da Foz do Rio Coruripe, em
Alagoas, e a Ilha de Comandatuba e o Porto do Sauípe, na Bahia.
Por Estado, as 299
localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (136),
Sergipe (47), Alagoas (44), Pernambuco (26), Rio Grande do Norte (17),
Espírito Santo (14), Ceará (9), Maranhão (3), Paraíba (1) e Piauí (2). O
balanço do Ibama diverge do divulgado pela Marinha na mesma data, o qual aponta
que “os Estados de CE, RN, PE, SE, PB, MA, PI, PA e AP estão com as praias
limpas”.
Em relação à fauna, ao
menos 133 animais oleados foram identificados pelo Ibama. Os dados se referem
especialmente a tartarugas marinhas (89) e aves (30). Nas redes sociais, a
Fundação Mamíferos Aquáticos chegou a compartilhar imagens da recuperação de
uma ave oleada encontrada em Maragogi (AL).
As manchas de óleo voltaram
a aparecer no final de outubro em seis praias do Rio Grande do Norte,
monitoradas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
(Idema), que acionou grupos de limpeza. Foram elas Tabatinga, Búzios e
Camurupim, as três no município de Nísia Floresta; a Praia do Giz e a Praia do
Amor, em Tibau do Sul, além de Pirangi do Norte, em Parnamirim.
Desde que começaram a
circular notícias de que peixes na costa potiguar estariam impróprios para o
consumo devido ao vazamento de óleo na costa do Nordeste, as vendas de
pescados, especialmente a cioba, o dentão e a arabaiana, tiveram seus valores
reduzidos pela metade pelos atravessadores.
Agora
RN