O Rio Grande do Norte possui um déficit de 10 mil
agentes na área de segurança pública – e isso levando-se em consideração
somente os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares.
Atualmente, o estado conta com 9.978 servidores nestas três instituições, bem
distante dos 19.681 previstos em lei.
A quantidade mínima de policiais que uma sociedade
precisa ter é recomendada por cálculos feitos por especialistas em segurança pública.
É considerada a necessidade de se ter um policial para cada grupo de 250
pessoas. No Rio Grande do Norte, é esta mesma orientação que (por meio das leis
que regem os estatutos das corporações) fixa os efetivos da Polícia Civil, PM e
também do Corpo de Bombeiros Militar. Como o RN possui 3,5 milhões de
habitantes, fica compreendido que é preciso ter, no mínimo, 14 mil policiais
atuando nas ruas. Hoje, o efetivo total da PM não chega a 8 mil – sendo que 950
estão cedidos a outros órgãos e mais de 500 trabalhando nas guaritas de cadeias
e presídios do estado.
Os números que demonstram o descumprimento dos
regimentos dos órgãos de segurança e consequentemente de leis aprovadas pelo
Executivo estadual foram repassados ao G1 pelas corporações e também pelo
próprio governo, por meio da Lei de Acesso à Informação.