© Reuters Donald Trump cancelou seu encontro com Kim Jong-un em Singapura, marcado para 12 de junho |
Pouco depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar
nesta quinta-feira (24) que o país está “preparado” para agir militarmente
contra a Coreia do Norte, o Pentágono reiterou esta
advertência e disse estar pronto para atuar “nesta mesma noite”.
“Continuaremos com a nossa
campanha de máxima pressão, isso não mudou. Se estamos preparados para lutar
nesta mesma noite, sim, sempre foi assim”, advertiu a porta-voz do Departamento
de Defesa dos Estados Unidos, Dana White, em entrevista coletiva.
Questionada sobre qual é o
papel da pasta de Defesa nas negociações com Pyongyang, White argumentou que o
objetivo do Pentágono sempre foi “apoiar os esforços diplomáticos” de
Washington, mas reconheceu a importância das Forças Armadas na estratégia da
Casa Branca em relação à Coreia do Norte.
“Trata-se de um enfoque do
governo: são as sanções, é o aspecto econômico, o diplomático, o militar. A
campanha de máxima pressão afeta todo o governo”, frisou White.
Em relação ao aspecto
militar deste enfoque, o tenente-general Kenneth McKenzie, diretor do Estado
Maior Conjunto dos Estados Unidos, explicou que a intenção do Pentágono é
manter tanto as tropas na região como as manobras que devem ser realizadas com
os aliados japoneses e sul-coreanos. Trump havia sinalizado anteriormente com a
redução no efetivo de 28.500 soldados americanos na Coreia do Sul, para
diminuir gastos federais.
McKenzie ressaltou que
apesar do otimismo gerado pelo anúncio de um encontro entre Trump e Kim Jong-un no dia 12
de junho em Singapura e pela recente destruição de instalações nucleares por
parte de Pyongyang, a postura do Departamento de Defesa americano nunca mudou.
“Diziam acreditar que a
base (atômica destruída hoje na Coreia do Norte) tinha representado um giro de
180 graus em relação ao nosso enfoque sobre a Coreia do Norte, mas diria que,
do ponto de vista militar, nossa direção foi constante e não mudou em nada”,
declarou o militar.
Apesar de White ter
admitido que até o momento o secretário de Defesa, James Mattis, tinha se
mostrado “prudentemente otimista” sobre o desenrolar das negociações entre os
dois países, McKenzie garantiu que em nenhum momento o Pentágono mudou de
postura. “Nem quando a cúpula começou a tomar forma, nem agora que acabou”,
disse.
Por outro lado, da mesma
forma que o próprio Trump, White quis deixar as portas abertas para que o
encontro aconteça no futuro. “Isto não é o final, mas o início”, concluiu.
(Com
EFE)
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