A
crise que se arrasta no Brasil há alguns anos parece não abalar os gastos do
governo. Um levantamento feito pela Folha de SãoPaulo na base de dados do Ministério do Planejamento mostra que
em 2017 os gastos da União com gratificações somaram R$ 42,3 bilhões. Somando
isso aos R$ 54,5 bilhões pagos em salários, o valor total gasto com os servidores
na ativa dos três poderes e do Ministério Público da União chega a R$ 96,8
bilhões.
A cada
R$ 100 em despesas com salários, o governo gasta mais R$ 77 com gratificações e
incentivos para esses servidores.
As
gratificações por cargo efetivo são calculadas com base nos salários e crescem
sempre que há reajustes, como o concedido pelo presidente Michel Temer no ano
passado aos peritos médicos previdenciários.
Os
benefícios foram criados para aumentar a remuneração e estimular a eficiência
do servidor, sendo pagos de acordo com variáveis de desempenho do funcionário e
da instituição em que trabalha.
Há um
sistema de pontuação que totaliza 100 pontos como a gratificação máxima. Na
média da categoria, a performance do servidor responde a 20 pontos e a do órgão
para o qual trabalha aos outros 80 pontos restantes.
Segundo
a Folhade São Paulo, entre 95% e 100% dos servidores sempre ganham a
maior nota por seu desempenho. Como os próprios órgãos que trabalham são
responsáveis por determinar os parâmetros a que se sujeitam, não existem casos
em que as metas institucionais não sejam alcançadas.