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O Rio Grande do Norte contabiliza apenas nove municípios
ofertando serviços de mamografia. Ao todo, são 27 mamógrafos credenciados ao
Sistema Único de Saúde (SUS) – incluindo o sistema privado.
Natal
concentra 24% de toda a oferta de mamógrafos do Estado. A cada quatro
equipamentos de exame clínico, um deles está na capital.
Atualmente,
o serviço de mamografia está ativo em Natal, Mossoró, Pau dos Ferros, Caicó,
Santa Cruz, Currais Novos, Parnamirim, São Gonçalo e Alexandria. As outras duas
localidades estão em processo de contratação, segundo a Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sesap).
Dos
27 mamógrafos, apenas cinco são capazes de identificar a posição exata do tumor
para a realização de biópsia ou a retirada do tumor de forma precisa, que é
chamada de estereotaxia. Os outros 22 são mamógrafos de comando simples, que
realizam o exame preventivo e o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Na
capital do Estado, são disponibilizados cinco serviços com mamógrafos simples e
dois com estereotaxia, com capacidade para produzir cerca de 135 mil
mamografias por ano. De janeiro a julho deste ano foram realizados 16 mil
exames, com tempo médio de espera de 30 dias, segundo a Sesap.
Segundo
o médico mastologista, Maciel Matias, a demora no diagnóstico é um fator
determinante na cura da paciente. “O diagnóstico precoce, é na verdade, a única
chance que a mulher tem hoje para fazer o seu tratamento com chance de cura”,
declarou. “Um centímetro de tumor contém 1 bilhão de células. Se a mulher
chega, como acontece na maioria das vezes, com tumor de mais de cinco
centímetros, as chances dessa doença estar distribuída em todo seu corpo é
muito maior”, explicou Maciel.
A
Sesap informou ainda que intensifica as ações de prevenção por meio do Programa
de Controle do Câncer de Mama. O mês de outubro também aborda o tema através da
campanha outubro rosa. A iniciativa visa alertar e conscientizar as mulheres
sobre a importância do diagnóstico precoce e prevenção da doença. O parâmetro
estabelecido pelo Ministério da Saúde é de um mamógrafo para cada 240 mil
habitantes.
Com
os atuais 27 mamógrafos credenciado, o Rio Grande do Norte está dentro dos
parâmetros. Contudo, a demanda pelo exame ainda é grande. A agricultora
Terezinha Dias, de 47 anos, residente no município de Santa Maria, conta que
está a quase um ano esperando para marcar o exame. “Estou há 10 meses esperando
para marcar o exame de mamografia, procurei a secretaria municipal de saúde e
ainda não consegui marcar”, explicou.
Em
sua família já houve casos de câncer de mama e ela teme que possa acontecer com
ela. “A gente nunca sabe se vai acontecer com a gente, por isso, faço
anualmente o exame preventivo”, finalizou.
Agora RN