José Aldenir/Agora RN |
O
mês de janeiro de 2019 foi o menos violento dos últimos cinco anos no Rio
Grande do Norte, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública e da
Defesa Social (Sesed). Entre os dias 1º e 30 de janeiro deste ano, foram
registradas 123 mortes. Em 2014, no mesmo período de tempo, a contagem foi de
132 assassinatos.
Apesar da redução do número
de mortes, os dados estatísticos apontaram alteração na dinâmica das mortes em
todo o território potiguar. Em 2019, as mortes violentas da Região
Metropolitana foram menores que nas demais regiões do Rio Grande do Norte.
Enquanto que Natal e municípios circunvizinhos contabilizaram 53 mortes, as
cidades do interior do Estado somaram 70 casos.
De acordo com os dados
apresentados pela Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises
Criminais (Coine), órgão ligado à Sesed, houve uma redução em diversos índices
criminais em todo o Estado. Além das chamadas Condutas Violentas Intencionais
(CVLIs), que congregam homicídios, latrocínios e entre outros crimes violentos
seguidos de morte, os números apresentam queda nos casos de crimes contra o
patrimônio.
Em relação ao mês de
janeiro de 2018, a estatística apontou redução de 33,59% nos casos de roubo e
de 19,9% nos furtos qualificados. Além disso, houve uma redução de 28,4% nos
roubos de veículos. Foram roubados, em janeiro de 2018, 649 veículos. Em
contrapartida, no primeiro mês deste ano, o número foi de 465 veículos. A Sesed
contabilizou, ainda, a recuperação de 325 veículos.
Os dados foram apresentados
nesta quinta-feira, 31, durante coletiva de imprensa, com a presença do
secretário estadual adjunto de segurança, Osmir de Oliveira Monte, os
comandantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do RN, coronéis
Alarico Azevedo e Luiz Monteiro, além da delegada geral da Polícia Civil, Ana
Cláudia Saraiva.
Segundo o secretário adjunto,
o aumento das mortes em municípios do interior decorre de uma ausência dos
aparelhos de segurança pública nestas áreas do Estado. “Eu acredito que em
parte, sim. Até porque a instituição, o sistema público de segurança, ainda não
está de forma efetiva nestas regiões. Esta melhoria dos números só vai
acontecer com o aumento do efetivo, a partir da realização de concursos. O
déficit de agentes da Polícia Civil é de 30%; e a Polícia Militar tem déficit
de 7 mil homens”, relata.
Ainda de acordo com Osmir
de Oliveira, para suprir a carência de efetivo, a pasta está investindo em
diárias operacionais, para garantir uma maior presença de policiais civis e
militares. “Estamos trabalhando com diárias operacionais para superar esta
questão. A governadora garantiu que os recursos para manter os policiais nas
ruas estão assegurados. Todos os policiais vão receber os recursos. Foram
investidos R$ 1 milhão na Polícia Militar e outros R$ 400 mil na Polícia
Civil”, afirma.
Por
Jalmir Oliveira – Agora RN