José Aldenir / Agora RN |
A
chegada do verão, o período mais quente do ano, faz aumentar a necessidade de
se atentar para a proteção solar. O presidente da Sociedade Brasileira de
Dermatologia Regional do Rio Grande do Norte (SBDRN), Arnóbio Pacheco, explica
quais são as consequências da exposição prolongada ao calor e à radiação solar,
e como se prevenir durante a estação, que começa oficialmente no próximo dia
22.
Envelhecimento precoce em
decorrência de excesso de exposição solar, chamado de fotoenvelhecimento,
fragilidade da pele, manchas e enfraquecimento da epiderme são apenas alguns
dos resultados observados. Em casos mais extremos, o contato direto com os
raios ultravioleta, conhecidos como UVA e UVB, pode causar câncer de pele.
A fotoproteção é, portanto,
uma prática que deve ser adotada desde a infância e por toda a vida. Para se
prevenir, o protetor solar ainda é o meio mais indicado. Segundo o médico, o
ideal é a aplicação de filtro com Fator de Proteção solar (FPS) 30 ou acima,
para pessoas que não possuem nenhuma condição dermatológica. Entretanto,
Pacheco lembra que existem outros meios de se proteger.
“Nós temos que valorizar
outras formas de proteção solar; a blusa de proteção UV, chapéu, sombreiro, até
mesmo a sombra da árvore”, afirma o presidente da SBDRN.
De acordo com o clínico,
para locais que as pessoas passam mais tempo expostas ao sol, como as praias, o
mais indicado seria uma extensa arborização das redondezas, para que os
banhistas possam desfrutar das sombras durante o dia. “O ideal mesmo é sombra e
água fresca”.
Quanto ao calor intenso,
este pode provocar irritações na pele. As mais comuns são as chamadas
“brotoejas”, frequentemente observadas em crianças. Além dessa, o calor ainda pode
acarretar infecções na pele causadas pelo suor.
“Optar por roupas de
algodão e outros tecidos mais leves é a melhor opção. Procurar também não
permanecer com uma roupa molhada por muito tempo é fundamental”, orienta o
dermatologista.
Dezembro
Laranja
No último mês do ano, a
Sociedade Brasileira de Dermatologia promove a campanha Dezembro Laranja, que
tem objetivo de alertar a população para a prevenção ao câncer de pele. Em
2019, além da conscientização, a campanha adotou a hashtag #SinaisdoCâncerdePele,
que é voltada para diagnóstico e tratamento precoce da doença.
“Um ferimento que não
cicatriza, uma mancha que muda de cor, um nódulo, um sinal que muda de aspecto,
tudo isso deve ser observado”, ressalta Arnóbio Pacheco, alertando para a
importância do autoexame. Mesmo em casos mais graves, a exemplo do melanoma, o
câncer de pele tem grandes chances de cura, se tratado cedo.
Agora
RN