Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1 |
O Ministério da Saúde anunciou
na tarde desta terça-feira (28) dois novos casos suspeitos do coronavírus
2019-nCoV, um em São
Leopoldo (RS) e outro
em Curitiba (PR). Mais cedo, o
governo havia noticiado a investigação de um caso em Belo Horizonte (MG).
Inicialmente, o ministério disse que o possível caso no
Rio Grande do Sul havia sido registrado em Porto Alegre, mas uma atualização
mostra que ocorreu em São Leopoldo, região metropolitana. A notificação à pasta
federal que foi feita pela Secretaria de Saúde da capital gaúcha.
O governo informou, ainda, que os dois
pacientes do Sul do país se enquadram na definição de quadro suspeito
estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
com febre, pelo menos um sintoma respiratório e possível contato com a doença,
em qualquer lugar da China, nos últimos 14 dias.
Caso em Belo Horizonte
A paciente cujo caso está sob
investigação médica em Minas Gerais é uma estudante
de 22 anos que viajou para Wuhan, na China. Ela chegou em
território brasileiro em 24 de janeiro. Segundo o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, a jovem está em um hospital de alta organização na área de
infectologia. Todas as 14 pessoas que tiveram contato com ela também estão
sendo monitoradas.
De acordo com Mandetta, a estudante relata não ter ido ao
mercado de peixes da cidade, não ter tido contato com nenhuma pessoa doente e
não ter procurado nenhum serviço de saúde enquanto estava na cidade. A
Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais informou que a jovem passa bem.
Amostra da paciente já foi recolhida e alguns exames
serão realizados na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, como o
infuenza A e B, adenovírus, bocavírus, metapneumovírus, parainfluenza 1,
parainfluenza 2, parainfluenza 3 e vírus sincicial respiratório.
Os demais exames, incluindo o específico para detecção do
coronavírus, serão feitos na Fiocruz. Já a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) está
levantando os outros viajantes que estavam no voo que viajou da China até o
Brasil - escalas foram feitas em Paris e Guarulhos.
Classificação de risco
Com esses novos casos em investigação,
o ministério elevou a classificação de risco do Brasil para o nível 2, que
significa "perigo iminente" - até segunda-feira (27) o país estava em
nível 1 de alerta. A mudança de patamar faz parte de um protocolo envolvendo a
escala, que vai de 1 a 3 - o nível mais elevado só é ativado quando são
confirmados casos transmitidos em solo nacional.
· Nivel 1 - alerta
·
Nível
2 - perigo iminente
·
Nível
3 - emergência em saúde publica
Além disso, orienta que brasileiros
evitem viajar à China ou embarquem somente em casos de extrema necessidade.
G1